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A história que comoveu Mara

Mara atua no serviço público há 11 anos – Divulgação/Secom

Ao atender o telefone, a assistente social Mara Teresinha Eichelberger ouviu uma história que, em mais de uma década de profissão, nunca antes havia ficado tão comovida. Do outro lado da linha, alguém relatava que uma família precisava de ajuda. Na casa havia quatro crianças. Uma mãe que as cuida e um pai que trabalha, mas que em tempos de pandemia não conseguia suprir todas as necessidades da família. Há dias, no fogão havia uma única panela, e em todos os almoços, o cardápio se repetia. A casa já estava sem sabor. E sem muitos motivos para alegrias também.

Mara, que atua no serviço público há 11 anos, quis conhecer de perto a realidade da família. Encontrou um lar muito organizado, limpo e simples. Viu armários praticamente vazios e uma geladeira praticamente sem utilidade, pois mantimentos ali não existiam. Ao perceber que aquele endereço merecia, obviamente, ser contemplado com um kit de alimentos, ela não pensou duas vezes: socializou com suas colegas as dificuldades daquela família. Então Mara fez uma segunda visita. Foi quando, na companhia dos colaboradores da Defesa Civil, ouviu uma palavra repetida duas vezes e que não saem mais de sua cabeça. “Comida, comida”, gritavam os pequenos. E Mara também pôde reencontrar uma mãe com um semblante com brilho nos olhos, bem diferente de quando a havia conhecido.

Além de Mara, outros sete atendentes, técnicos da Secretaria de Políticas Públicas e Assistência Social, escutam histórias como essa todos os dias. Já somam 1.753 famílias que já foram ouvidas. Dessas, mais de mil já receberam os kits de alimentos.

De acordo com a Central de Doações, para receber ajuda alimentar a família é selecionada seguindo os seguintes critérios: pessoas em situação de vulnerabilidade, que são acompanhadas pelos equipamentos sociais, como Centros de Referência em Assistência Social (Cras), Centro de Referência Especializado em Assistência Social (Creas) e cozinhas comunitárias; estudantes da rede pública municipal que apresentam histórico de carência e cadastro via telefone.

Muitas outras famílias serão auxiliadas com alimentos, inclusive, com kits de materiais de higiene e limpeza. Até essa quarta-feira, 8, a Central de Doações já havia recebido o total de 9,5 toneladas de alimentos. A Prefeitura também adquiriu mais 1,7 mil cestas básicas para ajudar a comunidade carente.

A distribuição
Para contemplar o maior número de famílias no menor tempo possível, a distribuição dos kits de alimentos é realizada por bairros. De responsabilidade da Defesa Civil, o trabalho de montagem dos kits e de entrega é realizado em parceria entre as secretarias de Políticas Públicas e Assistência Social, de Educação, com o apoio da Guarda Municipal.

Para doar alimentos
Os mantimentos podem ser levados nos pontos de coleta, nos principais supermercados da cidade e na Secretaria Municipal de Educação, prédio em frente ao Ginásio Poliesportivo. Para evitar o deslocamento das pessoas de suas casas, uma equipe está preparada para buscar as doações, fazendo o agendamento pelo telefone (51) 3715-2446.

Para receber alimentos
Famílias de baixa renda que pretendem receber doações de alimentos e materiais de higiene e limpeza, podem se cadastrar pelos números 3715-1895 (aceita ligação a cobrar), 3713-2070 e 3715-2446. O atendimento é das 8 às 12 horas e das 13 às 17 horas, de segunda a sexta. O cadastro não garante o recebimento de itens. As famílias beneficiadas serão selecionadas de acordo com a renda e a situação de vulnerabilidade social.

Alimentos arrecadados: 9,5 toneladas
Famílias já beneficiadas: 1,1 mil
Famílias cadastradas: 1.753