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Aedes aegypti | Santa-cruzense precisa estar atento ao mosquito da dengue em período chuvoso

Município está com risco em nível médio e apresenta 107 focos positivos para a presença do mosquito

Além de não deixar água acumulada, é preciso lavar vasilhas
Banco de Imagens

Fabrício Goulart
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Agentes de endemia realizam coletas em residências de diferentes bairros, em Santa Cruz do Sul, para detectar a presença do Aedes aegypti no município. Embora não haja nenhum caso de cidadão que tenha ido a óbito, desde 2021, por dengue, zika ou chikungunya, os períodos chuvosos – como nas últimas semanas – são propícios para a proliferação do mosquito. Atualmente, o município está com risco em nível médio. Ou seja, é necessária atenção.

Conforme a coordenadora de Vigilância Sanitária, Francine Braga, o Executivo faz o Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa) quatro vezes no ano. Nele, realiza-se a colega por amostragem a partir de um mapeamento de imóveis e quarteirões dos bairros. Além disso, são coletados materiais sempre que o setor é acionado. Na última semana, a redação flagrou o movimento de equipe do Bairro Higienópolis. “Temos focos da dengue e ela veio para ficar. Ela se adaptou e não acontece só no verão”, avalia.

Francine explica que atualmente há 26 agentes de endemia no município. A maioria, lotada em postos de saúde. O trabalho dos profissionais, junto aos agentes comunitários de saúde, é visitar à população, orientar e identificar possíveis focos de transmissão do mosquito. “A dengue é uma coisa que não vamos mais conseguir exterminar”, lamenta, apontando que o Aedes aegypti, nos dias de hoje, também está fortemente presente, durante todo o ano, nos estados ao Sul, não sendo um problema exclusivo de outras regiões.

Em 2021, Santa Cruz do Sul foi o município que mais concentrou casos no Estado. Foram cerca de 5 mil casos e, destes, cinco pessoas foram a óbito. Nos números atualizados desta semana – a Semana Epidemiológica 37 – Santa Cruz do Sul tem 1.588 notificações. Destas, 107 deram positivo para a presença do Aedes aegypti.

Divulgação

Após a chuva

A coordenadora de Vigilância Sanitária explica que o problema com a chuva está no acúmulo de água depois. “A pessoa fez a vistoria no terreno. Depois o agente de endemia fez a visita e fez também. Mas, daí veio a chuva e teve acumulo de água”, diz. Francine lembra que o clima mudou e o Estado não tem mais as estações tão bem definidas: “Em tempos chuvosos, assim, fica mais grave. Hoje em dia não é mais tanto o calor. Há dez anos a gente só ouvia falar em Rio de Janeiro e Amazônia. Calor. Isso não é mais a realidade. O que mais ajuda são tempos chuvosos, como a gente está vivendo.”

Quem tem água acumulada deve lembrar de um detalhe importante. Não adianta apenas jogá-la fora, é preciso lavar bem os recipientes. Os ovos não são postos na água, e sim milímetros acima da superfície. Quando chove, o nível da água sobe, entra em contato com os ovos que eclodem.

A Vigilância Sanitária aponta dois casos registrados de pessoas com zika e outro de uma com chikungunya. Entretanto, os contatos com o mosquito aconteceram em outros lugares. No último, em Minas Gerais. A pessoa precisou ser monitorada devido alto risco de propagação. “O problema é que, se o mosquito pica alguém que estava com a chikungunya, ela passa para outras pessoas. Ele pega a doença e vai espalhando”, diz.

Zika e chikungunya

A Vigilância Sanitária aponta dois casos registrados de pessoas com zika e outro de uma com chikungunya. Entretanto, os contatos com o mosquito aconteceram em outros lugares. No último, em Minas Gerais. A pessoa precisou ser monitorada devido alto risco de propagação. “O problema é que, se o mosquito pica alguém que estava com a chikungunya, ela passa para outras pessoas. Ele pega a doença e vai espalhando”, diz.