Início Polícia Asfixia mecânica e hemorragia foram as causas da morte de Francine

Asfixia mecânica e hemorragia foram as causas da morte de Francine

LUANA CIECELSKI
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O laudo oficial ainda não está pronto, porém, informações preliminares apontam que a causa da morte da jovem Francine Ribeiro de 24 anos, foi asfixia mecânica e uma forte hemorragia interna na região do abdôme. As informações foram divulgadas pela Delegada Lisandra de Castro de Carvalho, da Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher (DEAM) no início da tarde dessa terça-feira, dia 14 de agosto, durante entrevista coletiva com a imprensa. Francine desapareceu na tarde de domingo, dia 12, depois de ter sido deixada pelo noivo junto ao Lago Dourado para uma caminhada. Seu corpo foi encontrado por familiares na manhã de ontem, dia 13, nas proximidades da localidade conhecida como Praia dos Folgados. 

A Delegada Lisandra de Castro de Carvalho concedeu entrevista coletiva na tarde dessa terça-feira

Ainda de acordo com a delegada, em conversas informais com o médico legista que esteve no local nessa segunda-feira, ele apontou que a hemorragia interna identificada em Francine possivelmente foi causada por um espancamento, e que também há indícios de violência sexual, pois as roupas da vítima estavam desalinhadas, especialmente o top – típico de prática de exercício físico – que estava em posição anormal. Em relação ao horário da morte, Lisandra disse que ele coincide com o horário do desaparecimento, ou seja, pelo estado do corpo ao ser encontrado, teria ocorrido entre as 15h e as 17 horas da tarde de domingo. 

Informações mais detalhadas serão fornecidas pela Polícia Civil assim que o laudo oficial for liberado, o que deve acontecer ainda nessa semana. Enquanto isso, a Delegacia da Mulher continuará as investigações, seguindo em diversas frentes simultâneas. Até o momento, a delegada diz não haver um suspeito em específico. Ela comentou ainda que a polícia está trabalhando também com a possibilidade de que tenha sido mais de um autor, em função da distância percorrida até o local onde o corpo foi encontrado. “Eu acredito, e a equipe de perícia também acredita, que ela tenha caminhado até aquele local, porque não há rastros ou outros indícios de que ela tenha sido arrastada. Se tivesse, haveria vestígios em suas roupas e pelo caminho”, disse. “Ela deve ter sido atraída e então coagida a seguir com o ou os autores, possivelmente sob a ameaça de uma arma de fogo ou faca”. 

Entre as motivações para que esse crime tenha ocorrido, estão a sexual e também a subtração de pertences. A polícia continua trabalhando, portanto, com a hipótese de feminicídio e de latrocínio. De acordo com Lisandra, nas primeiras conversas tidas com a família da vítima – respeitando o luto delas – não foi identificada a possibilidade de que Francine estivesse sofrendo ameaças ou corresse algum risco. 

DENÚNCIAS SÃO IMPORTANTES

Ainda durante a coletiva de imprensa, Lisandra fez um apelo à comunidade e muito especialmente às mulheres. Segundo ela, alguns pertences que estavam com a vítima quando ela saiu para a caminhada desapareceram: um casaco e um óculos do tipo que escurece conforme a incidência de luz. “A gente pede, especialmente às mulheres em função da grande chance de que tenha ocorrido violência sexual, que fiquem atentas em relação a seus conhecidos, que observem comportamentos estranhos e principalmente o aparecimento de objetos estranhos como esses que eram da vítima e desapareceram. A gente pede que denunciem anonimamente diante de qualquer suspeita”, solicitou. As denúncias podem ser feitas pelo número da Polícia Civil (197) ou diretamente pelo telefone da DEAM: (51) 3711-4513.