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BM local homenageia policial morto em POA

Luana Ciecelski

Policiais ligaram as sirenes e ficaram cerca de um minuto em posição de sentido e, em seguida, fizeram oração

Luana Ciecelski
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Um grupo de trinta policiais militares de Santa Cruz do Sul se reuniu na tarde de ontem, 17 de outubro, em frente à Catedral São João Batista para manifestar a tristeza e o apoio pela morte de um PM que foi executado dentro de um ônibus na noite da última quinta-feira, 16, em Porto Alegre.
Com as sirenes e o giroflex de sete viaturas ligadas e reunidos na Praça Getúlio Vargas, o grupo permaneceu em posição de sentido por cerca de um minuto. Em seguida, abraçados, fizeram uma oração e pediram a atenção da sociedade para a violência. “Quando um bandido morre em um confronto, os direitos humanos logo estão lá para defendê-lo, mas quando um herói cai, ninguém se preocupa nem mesmo em auxiliar sua família. Então, estamos aqui reunidos porque merecemos o respeito da sociedade e das autoridades, e porque nós temos que lutar por nós mesmos”, pontuou o sargento Carlos Moises Savian dos Passos durante a homenagem.
Para o soldado da BM, Oswino Ebert Junior, o que mais chama a atenção foi a forma como o policial foi morto. “Ele estava sentado, indo pra casa e não teve a chance de se defender. Os bandidos deram um tiro à queima-roupa e assaltaram o ônibus. Depois nós é que somos ruins”, comentou indignado.
Durante a homenagem e todo o dia de ontem também foi possível ver as viaturas da BM circulando pela cidade com uma faixa preta em cima do capô em sinal de luto. Alguns PMs também utilizaram faixas pretas nos braços, sobre a farda.

O CASO

O policial militar morreu ao ser baleado no início da noite da última quinta-feira, 16, dentro de um ônibus na zona sul de Porto Alegre. O crime ocorreu por volta das 19h30min, na Avenida Juca Batista, no bairro Hípica. O ônibus teria sofrido o ataque em uma parada.
Posteriormente identificado como soldado Márcio Ricardo Ribeiro, o corpo do PM foi encontrado no último banco do veículo. Ele foi atingido por cerca de oito disparos de uma arma calibre 38. Seis projéteis ficaram armazenados no colete à prova de balas, no entanto, um dos disparos atingiu o lado esquerdo do rosto e ele faleceu no local.
A 6ª Delegacia de Polícia de Porto Alegre, que investiga o caso, acredita na hipótese de latrocínio – roubo seguido de morte – já que bolsas e celulares de outros passageiros foram levados. Ainda na noite de quinta-feira, dois dos cinco suspeitos foram presos no bairro Lomba do Pinheiro. (Com informações Zero Hora)