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Brasil e China debatem relação comercial após surto de coronavírus

Ministra Tereza Cristina e embaixador chinês Yang Wanming debateram relação comercial entre os dois países e destacaram que tudo está dentro da normalidade

Tiago Mairo Garcia
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Uma relação comercial cada vez mais próxima e fortalecida. Em reunião realizada na manhã da última terça, 4, entre a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina e o embaixador chinês Yang Wanming, Brasil e China debateram a relação comercial entre os dois países após o surto de coronavírus que atingiu o país asiático e vem causando preocupação em todo o mundo. “Tratamos das nossas parcerias comerciais que devem continuar tranquilamente, sem nenhum sobressalto, porque o Brasil é um grande parceiro da China na área de produtos agrícolas”, disse a ministra após a reunião.
Tereza Cristina salientou que a China abriu o mercado para o melão brasileiro e está sob análise a exportação de uva brasileira para os chineses. “Com a abertura do mercado para o melão, os nossos empresários estão fazendo os contatos na China para poder fazer as exportações. Nós já começamos a trabalhar o certificado sanitário da uva que é a próxima fruta que o Brasil quer exportar para China”, ressaltou.
O embaixador relatou as medidas adotadas pelo governo chinês em relação ao coronavírus. Segundo a ministra, no que diz respeito ao setor agropecuário, não há restrição ao intercâmbio comercial entre os dois países devido ao surto de coronavírus. O Brasil exporta para a China, principalmente, soja e carnes bovina, suína e de frango. “Vamos acompanhar de perto. É muito importante essa proximidade do embaixador conosco para estar sempre nos municiando, mas por enquanto tudo está normal. Nós temos um procedimento de habilitação de frigoríficos que está andando no seu ritmo. Isso está em processo normal de encaminhamentos lá na China, nos ministérios e na aduana. Não mudou nada. O que pode ter atrapalhado a movimentação foi o feriado do ano novo chinês, que foi prolongado por causa do coronavírus”, argumentou.
O embaixador afirmou que a relação comercial entre os dois países no setor agropecuário é duradoura e será cada dia mais estreita. “O governo chinês se dedica a manter essa relação de longo prazo e estável com o governo brasileiro. Os produtos agrícolas brasileiros são bem-vindos. Não acredito que a relação sino-brasileira será prejudicada (pelo surto)”, disse o diplomata. Participaram da reunião, além da ministra e do embaixador, o secretário de Comércio e Relações Internacionais, Orlando Ribeiro, o ministro conselheiro Qu Yuhui e o diplomata Zhu Yue. (Com informações do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento).