Rosibel Fagundes
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Uma menina de 3 anos e 11 meses morreu na manhã desta quinta-feira, 28, afogada em Santa Cruz do Sul depois de cair dentro de uma piscina. De acordo com informações da Brigada Militar que foi acionada pela mãe da criança, o incidente ocorreu por volta das 8 horas, na casa onde a vítima morava com a família em Linha Santa Cruz. Um vizinho que teria presenciado a situação, socorreu a criança e a encaminhou ao Hospital Santa Cruz, onde a mesma não resistiu e faleceu. A Polícia Civil esteve no local. A identidade da criança e dos pais não foi divulgada.
A fatalidade que envolve a morte desta criança, chama a atenção para os riscos de quem tem piscina e crianças em casa. De acordo com o Sargento Felipe Martins da Cunha, da divisão de Operações e Defesa Civil do Corpo de Bombeiros Militar de Santa Cruz, a prevenção é a forma mais eficiente de evitar o afogamento. “A dica é nunca deixar uma criança sozinha dentro ou próximo da água. O ideal é sempre manter a piscina cercada, com uma barreira que impeça a criança de ter acesso ao local. Não só em piscinas, mas em caixas de água e outros reservatórios. A supervisão de um adulto é muito importante, a criança nunca deve estar sozinha. O responsável não deve estar a mais de um braço de distância, pois caso a boia em que ela esteja fure ou vire, ela está ao alcance da mão”.
Além disso, o bombeiro destaca que o uso de boias infláveis passa uma sensação falsa de segurança, que pode expor a criança ao risco. “As pessoas devem dar preferência ao uso de coletes salva-vidas nas crianças. As boias de braço e de cintura não oferecem uma segurança muito grande. A boia de braço por sua vez pode esvaziar, murchar ou furar e a criança virá a submergir. Já as boias de cintura, tem um sério problema, elas podem furar e a criança ficar com o rosto para baixo da água e se afogar. Sempre que possível, o ideal é optar pelo uso do colete salva-vidas ao invés de objetos flutuantes”, explicou o sargento.
Indiferente de piscinas, lagos, rios ou mar todo o cuidado é pouco. E a orientação do Corpo de Bombeiros é de que as pessoas deem prioridade a balneários e rios que tenham a presença de guarda-vidas. Outro cuidado em rios e lagos é com a utilização de colchões infláveis e de boias de câmaras de pneu, que não devem ser usadas como flutuador pelo risco de furar, ou até mesmo do material acabar derrubando a pessoa para baixo dele.
– 16 brasileiros morrem diariamente vítimas de afogamento
– Homens morrem em média 6,7 vezes mais
– 47% dos óbitos ocorrem até os 29 anos
– 44% dos afogamentos ocorrem entre os meses de novembro e fevereiro e o restante são distribuídos igualmente ao longo dos outros 8 meses
– O afogamento é a segunda causa de óbito de crianças de 1 a 4 anos, a terceira causa de 5 a 14 anos e a quarta causa entre jovens de 15 a 19 anos.
Fonte: Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (Sobrasa)














