Início Especiais Despedida do Opala: o último clássico foi fabricado em 1992

Despedida do Opala: o último clássico foi fabricado em 1992

Sara Rohde 
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O primeiro Opala foi fabricado em 1966 no Brasil, ano de início do projeto Opala, e o lançamento oficial do veículo ocorreu em 1968 no Salão do Automóvel. A empesa General Motors – GM decidiu criar uma versão sedan de luxo no país, baseado no estilo alemão Opel e na mecânica do norte-americano Chevrolet Impala. Desde então foi decidido o nome do veículo, o qual remetia uma pedra preciosa, Opala.
O carro foi fabricado com 4 portas e motor de 6 cilindros, um modelo de luxo na época, pois além de ser um carro grande, gastava muito combustível, um veículo acessível somente para pessoas com um alto poder aquisitivo. Dos 660 Opalas fabricados, todos foram vendidos. E apesar do lançamento na década de 60 o Opala estourou as vendas somente no início dos anos 70, quando a GM lançou a versão coupe de duas portas, com um motor ‘menos nervoso’. Em seguida foi lançada a versão esportiva SS, um modelo que até hoje é paixão para os colecionadores de automóveis. De tanto sucesso que a versão SS fez, em 1979 o Opala foi escolhido para participar de corridas da StockCar brasileira.
Vários modelos foram lançados até o dia 16 de abril de 1992, data da fabricação do último Opala, após esse dia, outros automóveis entraram no catálogo de veículos, mas sem deixar é claro, o Opala de lado. No lugar do clássico entrou o Omega. Conforme o presidente do Clube Opala, Drurys Pedroso, “o último Opala era muito luxuoso, ele já tinha versão automática, direção escamoteável, vidro elétrico nas portas, ar condicionado, alguns tinham um diferencial mais longo, 5 marchas e alcançavam 200 km/h sem forçar o motor, isso sem falar no conforto e estabilidade que eram incríveis. Em questão de mecânica ele ficava meio obsoleto pois era um carro pesado e muito gastador. O Opala encerrou a produção com 6 cilindros”, completa. 
Drurys conta que a paixão pelo Opala vem desde meados de 1975 “para os meus tios, lá em Alegrete só existia um carro, era o Opala, então fui criado no meio, mas eu só fui adquirir o meu depois de 30 anos, porque na época era um sonho distante ter esse carro”. Sobre o sentimento de despedida, Drurys fala que não ficou tão sentido, pois surgiu o Omega que era bem legal, “nós ficamos chateados quando terminou a fabricação do Omega e lançaram o Vectra. Hoje eu gosto do Vectra, pois lembra bastante o Opala, só que com roupa de domingo” comenta aos risos, “a estabilidade e a potência são parecidas com as do clássico”.
O Clube Opala mantém acessa a chama da paixão pelo automóvel “atualmente contamos com 40 integrantes em nosso clube, todos apaixonados e apreciadores do Opala”, finaliza.

Drurys presidente do Clube Opala orgulhoso com o seu cl‡ssico, o modelo Caravan

A parte interna do Opala Caravan est‡ impec‡vel

O cl‡ssico motor 2.500, 4 cilindros