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Dia do Cardiologista: A saúde do coração em destaque

O cardiologista é um profissional de destaque na sociedade brasileira e mundial. A sua especialidade médica cuida do diagnóstico e do tratamento de doenças e disfunções relacionadas com o coração e a circulação sanguínea. Em 14 de agosto, é comemorado o Dia Nacional do Cardiologista. 

Para que o profissional possa desenvolver sua atuação, ele deve ter concluído o curso de Medicina em instituição de ensino superior. Por sua vez, essa instituição deve ser reconhecida pelo Ministério da Educação. E, após concluir o curso de Medicina, o profissional deve fazer uma especialização na área de cardiologia, para, a partir daí, trabalhar na área.

A definição de uma data para comemorar o Dia do Cardiologista foi feita pela Sociedade Brasileira de Cardiologia, em 2007. O objetivo é destacar a relevância deste profissional, além de alertar a sociedade em geral sobre a saúde do coração.

ESPECIALIDADE AUTÔNOMA

Para entender as origens da cardiologia, é preciso retornar ao início do século 20. À época, só existiam quatro áreas básicas na Medicina: clínica, obstetrícia, cirurgia e pediatria. Nos anos 1920, a cardiologia já possuía um desenvolvimento significativo e crescente, separando-se da clínica médica. A partir daí, a cardiologia tornou-se especialidade autônoma.

Conforme artigo escrito pelo ex-presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia, Rafael Leite Luna, antes mesmo dessa separação e do surgimento da cardiologia como especialidade distinguível, houve acontecimentos importantes a respeito desta área da Medicina no Brasil. Alguns estudos pioneiros já haviam surgido no país. Um deles foi ‘Moléstias do Coração e dos Grandes Vasos Arteriais’, de Martins Costa e Carlos Alvarenga, publicado em 1898, seguido de ‘Noções Fundamentais de Cardiologia’, de Osvaldo de Oliveira. “Começava a germinar, no Brasil, um crescente interesse pelas doenças do coração”, de acordo com Rafael Leite Luna.

“Em 1909, Carlos Chagas e seus colaboradores, entre eles Gaspar Vianna, Eurico Villela, Margarino Torres, diagnosticaram a cardiopatia chagásica, primeiro grande estudo científico de uma doença cardíaca no Brasil, ímpar e magnífica contribuição para a cardiologia mundial”, relata Luna. Logo em seguida, chegavam os primeiros eletrocardiógrafos.

Em 1933, no Rio de Janeiro, houve a primeira tentativa de criar uma ‘Sociedade Brasileira de Cardiologia e Hematologia’, mas a ideia não vingou. Dez anos depois, em 14 de agosto de 1943, alunos do 3º Curso do Serviço de Cardiologia do Hospital Municipal de São Paulo, sob liderança do Dr. Dante Pazzanese, fundaram a Sociedade Brasileira de Cardiologia, que passou a congregar os cardiologistas do país.

A Sociedade Brasileira de Cardiologia conta hoje com 26 regionais e 13 departamentos, o que lhe confere caráter de entidade científica nacional. Atualmente, possui um quadro de 13 mil sócios e é a maior sociedade de cardiologia latino-americana.