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Dia do Produtor de Tabaco: Mudança de perfil

Novas tecnologias s‹o aliadas ao trabalho no campo, afirma presidente da Fetag/RS

Rosibel Fagundes
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A incorporação de novas tecnologias no campo tornou-se uma questão de sobrevivência para os produtores de tabaco. Além do acesso à internet que cresceu consideravelmente, o agricultor se modernizou bastante nos últimos anos e dispõe não somente de equipamentos digitais de última tecnologia em suas residências, como também de equipamentos mais modernos para exercer suas atividades no meio rural. De acordo com o presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag-RS), Carlos Joel da Silva, a mudança de perfil do produtor de tabaco acompanha o novo ritmo da produção. “Com a escassez de mão de obra nas lavouras, os produtores estão tendo de buscar alternativas para seguir com a atividade. Alguns estão adquirindo equipamentos mais modernos, como tratores, colheitadeiras, máquinas de plantio, estufas de secagem de fumo que permite alta produção, gera economia de lenha, energia, reduz mão de obra e dobra o potencial de secagem, além de outros. Os próprios canteiros onde ficam acomodadas as mudas são diferentes, já vem com água o que torna um trabalho menos forçado e ajuda a driblar as dificuldades comumente encontradas no setor. O perfil do produtor mudou. Se pararmos para pensar, em tempos atrás o trabalho era todo manual o que demandava mais tempo e mais mão de obra, além de ser mais árduo. A tecnologia está contribuindo bastante. Através da internet os produtores conseguem pesquisar novas técnicas, dicas de produção entre outros”, afirmou.
Sobre o Dia do Produtor de Tabaco, o presidente da Fetag-RS, Carlos Joel da Silva, classifica como uma data importante que deve ser valorizada, pois a fumicultura é a principal fonte de emprego e renda para muitas famílias. “É um dia muito importante, porque a gente percebe uma resistência muito grande contra o produtor de tabaco, como se o que ele planta é errado, é ruim. E, esta mesma conotação não se vê contra quem produz a cachaça, o álcool. E o fumo a gente defende que, fuma quem quer! É uma cultura como qualquer outra. O tabaco para o produtor é a roupa da criança ir para a escola, é o sapato, é a alimentação, é o sustento dele. Então, esse dia serve para trabalhar a autoestima destes trabalhadores, mostrar que é uma atividade lícita como as demais e que a família que produz esta cultura tem a mesma importância que as outras do meio rural. E, que embora o tabaco não seja um produto para comer, ele gera emprego e renda além de impostos como as demais atividades”, concluiu.