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Dia dos Padeiros: os responsáveis por garantir o pão de cada dia

Panificadores podem atuar em várias áreas e especialidades

O padeiro, ou conhecido também por panificador, é o profissional responsável por produzir pães, a massa feita de farinha, em geral de trigo ou outro cereal, que é amassada e assada no forno. Também faz salgados e doces, que podem ser recheados ou não, tortas, quiches, bolos, tortas doces, doces dos mais variados, entre outras guloseimas. A padaria é um estabelecimento comercial industrial de pequeno porte, que vende os produtos produzidos pelos padeiros.

O pão é um alimento base na vida do brasileiro e, atualmente, com o aumento da competitividade no setor, a maioria das padarias inova, produzindo pães de vários sabores e formatos, além de guloseimas cada vez mais requintadas. O profissional panificador geralmente trabalha de madrugada, para que os consumidores tenham, pela manhã, o pão fresquinho.

Para ser um bom padeiro é necessário ter “jeito” com massas, ou seja, é necessário ter o que os padeiros chamam de “mão boa” para massas. É necessário também se atualizar sempre por meio de cursos, oficinas e Workshop. Além dessas, há outras características interessantes, tais como gosto por culinária, capacidade de organização, capacidade de observação, responsabilidade, interesse em aprender novas receitas, agilidade e disposição, capacidade de ouvir críticas, higiene e visão estética.


Existem inúmeros cursos para se tornar um panificador, sejam eles de curta duração, a distância e até gratuitos. Na temática estão assuntos sobre pães doces e salgados, bolos, biscoitos, massas sovadas, folhadas, lanches e receitas light. Grandes padarias costumam incentivar os funcionários a se especializarem e também fornecem treinamentos, para que eles sejam mais qualificados e atualizados, assim produzindo as melhores receitas.

ATIVIDADES E ÁREA DE ATUAÇÃO

As principais atividades de um panificador estão focadas em organizar os materiais necessários, produzir as massas, modelar o pão, produzir recheios e coberturas, se necessário, assar os pães, bater massas de bolos, biscoitos e tortas, confeitar os doces, sempre levando em conta o lado estético, armazenar e embalar os produtos da melhor forma possível.

Os panificadores podem atuar em várias áreas e especialidades, entre elas padarias, exercendo a função de panificador, podendo, inclusive, administrar o estabelecimento. Também existem funções em padarias artesanais, ou por conta própria, produzindo pães diferentes e sob encomenda para festas e reuniões. Os pães artesanais são muito requisitados, por serem mais pessoais e originais. Como autônomos vendem seus produtos em outros estabelecimentos.

O PÃO

O pão é um alimento indispensável na vida do brasileiro. Segundo pesquisas, quarenta milhões de consumidores entram nas padarias brasileiras todos os dias. Foi produzido pela primeira vez pelos povos que habitavam a região das aldeias palafitas, onde agora é a Suíça, por volta do ano 10.000 a.C., e, segundo a Bíblia, foram os hebreus os responsáveis pela descoberta e divulgação da massa fermentada. No Egito antigo, o pão pagava salários, como por exemplo o dos camponeses, que ganhavam três pães e dois cântaros de cerveja por dia de trabalho.

A profissão de padeiro tem um significado maior do que a simples feitura de pães, doces ou bolos. A história do pão e, consequentemente, a do padeiro, permeia a da humanidade, principalmente no âmbito religioso. O Brasil conheceu o pão apenas no século XIX, conforme o sociólogo e antropólogo Gilberto Freyre. Antes disso, consumia-se o beiju. A atividade panificadora no Brasil se expandiu com os imigrantes italianos. Nas grandes cidades proliferaram as padarias, muito conhecidas na cidade de São Paulo, mais especificamente no Bairro do Bexiga, onde ainda são fabricados pães típicos italianos.

As padarias surgiram por volta do ano 4.000 a.C., em Jerusalém, após o aprendizado dos métodos de fermentação com os egípcios. Pouco tempo depois, a cidade de Jerusalém já tinha uma rua de padarias. O pão também teve sua importância em Roma e na Grécia, sendo que foi em Roma, no ano 500 a.C. que surgiu a primeira escola de padeiros. As máquinas amassadeiras só surgiram no século XIX, porém, o alto custo da produção causou hostilidade nos fregueses.

Sobre pedras quentes ou debaixo de cinzas: a panificação

Dia 8 de julho é dia de Santa Isabel, padroeira dos panificadores. A panificação é uma atividade muito antiga. Os primeiros pães foram assados sobre pedras quentes ou debaixo de cinzas. A utilização de fornos de barro para cozimento dos mesmos começou com os egípcios, sendo atribuída a eles também a descoberta do acréscimo de líquido fermentado à massa do pão para torná-la leve e macia.

Na mesma época, os judeus também fabricavam pães, porém sem fermento, pois acreditavam que a fermentação era uma forma de putrefação e impureza. A Jeová só ofereciam pão ázimo, sem fermento, o único que consomem até hoje na Páscoa. Na Europa, o pão chegou através dos gregos. O pão romano era feito em casa, pelas mulheres, e depois passou a ser fabricado em padarias públicas. Foi aí que surgiram os primeiros padeiros. Com a queda do Império Romano, as padarias europeias desapareceram, retornando o fabrico doméstico do pão na maior parte da Europa.

No século XVII, a França tornou-se o centro de fabricação de pães de luxo, com a introdução dos modernos processos de panificação. Depois, a primazia no fabrico de pão passou a Viena, Áustria. A invenção de novos processos de moagem da farinha contribuiu muito para a indústria de panificação. Durante o processo de evolução da fabricação de pães foram utilizados para triturar grãos de trigo, os moinhos de pedra manuais, os movidos por animais, pela água e, finalmente, pelos moinhos de vento. Apenas em 1784 apareceram os moinhos movidos a vapor. Em 1881, com a invenção dos cilindros, a trituração dos grãos de trigo e, consequentemente, a produção de pães foi aprimorada consideravelmente. (Fonte: Brasil Profissões)