
Tiago Mairo Garcia
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Em cumprimento a um mandado de busca e apreensão expedido pela Justiça, equipes da Delegacia de Polícia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) com apoio de agentes da 2ª Delegacia de Polícia apreenderam na manhã de quinta, 6, uma série de materiais utilizados por forças de segurança que supostamente estariam pertencendo a integrantes de uma organização criminosa. Os objetos foram localizados na residência de um jovem de 22 anos, no bairro Senai, em Santa Cruz do Sul.
A ação foi realizada nas primeiras horas da manhã da última quinta, 6, e chamou a atenção dos moradores da região. Quando chegaram na casa, o jovem teria assumido para os policiais que estaria guardando rádios comunicadores e botinas no quarto ocupado por ele. Já os demais itens foram localizados pelos policiais durante as buscas no imóvel. A maior parte estava escondida em sacos plásticos no quiosque, ao lado da piscina. O restante, como coletes balísticos, foi apreendido no forro da casa. Os policiais civis encontraram, em diferentes partes da moradia, coletes balísticos, giroflex, rádio comunicadores, bloqueadores de sinais, toucas ninjas e roupas táticas para serem usadas, no mínimo, 15 pessoas. O material estava intacto e com poucos sinais de já terem sido utilizados.
Segundo o delegado Marcelo Chiara Teixeira, da Draco, o jovem que estava em posse dos objetos, não possui antecedentes criminais. A apreensão é semelhante ao caso registrado em 2017 quando a mesma delegacia encontrou 15 fuzis, 21 pistolas e diversas munições apreendidas na residência de um jovem universitário, de 26 anos, em uma residência no bairro Avenida, que supostamente armazenava o material para uma organização criminosa. Na época, o jovem recebia R$ 10 mil para esconder o material. Ele foi condenado pela justiça há cinco anos de prisão.
Ao analisar a apreensão, o delegado destacou a quantidade do material apreendido. “Encontramos um kit completo que serviria para equipar uma dezena de pessoas. Nos chamou a atenção a quantidade e a qualidade do material. Seguimos as investigações para descobrir a quem pertence e para onde se destinava”, disse Teixeira. A polícia já sabe que os coletes balísticos são de origem paraguaia
Sobre a suspeita do material ser usado em uma ação criminosa na região, o delegado destacou que a investigação vai apurar os fatos. “Instauramos o inquérito policial e vamos apurar todos os fatos. As possibilidades são amplas e o material poderia ser usado para qualquer ação ilícita”, frisou o delegado, sem dar maiores detalhes para não atrapalhar as investigações. O jovem que guardava os materiais foi encaminhado para a Delegacia de Polícia onde foi ouvido e liberado, pois não há provas de envolvimento dele com o crime, porém, a polícia vai analisar a conduta dele e se ele possui alguma ligação com alguma facção criminosa. O caso está sendo investigado pela Draco.
Os materiais apreendidos
25 calças táticas
22 bornais
17 camisas manga longa preta
16 bonés
16 coletes balísticos
14 cintos táticos
14 toucas ninjas
13 coldres
12 rádio comunicadores
12 pares de botas táticas
Oito porta munições
Oito porta algemas
Sete porta carregadores
Seis unidades de giroflex
Três bloqueadores de sinais
Uma bandoleira














