Início Geral “É um dia muito triste, mas a segurança pública do RS segue...

“É um dia muito triste, mas a segurança pública do RS segue firme e operante”, afirma governador sobre incêndio na SSP

Governador Leite, assim que desembarcou no aeroporto da capital, foi ao prédio da SSP juntamente com o vice-governador Ranolfo – Foto: Itamar Aguiar / Palácio Piratini

O governo do Estado segue mobilizado, nesta quinta-feira, 15, para encontrar os dois servidores do Corpo de Bombeiros Militar que desapareceram durante o combate ao incêndio que atingiu, na noite anterior, o prédio-sede da Secretaria da Segurança Pública, em Porto Alegre.

Assim que desembarcou no aeroporto da capital, na manhã desta quinta, o governador Eduardo Leite foi ao local, na rua Voluntários da Pátria, para acompanhar o trabalho dos servidores juntamente com vice-governador e secretário da Segurança Pública, Ranolfo Vieira Júnior, com outros secretários e chefes das forças de segurança, que compõe o gabinete de crise instalado para enfrentar o caso.

Após, foi realizada uma reunião para traçar as estratégias que serão tomadas daqui para frente, como a alocação dos serviços que funcionavam no prédio da SSP e a apuração das causas do incêndio, seguida de uma coletiva de imprensa para atualizar a população.

“É um dia muito triste para nós no governo do Estado, por causa dessa tragédia que envolve o prédio da SSP. Todo nosso foco está na busca dos dois servidores desaparecidos, que entraram no prédio justamente para garantir que todas as pessoas saíssem com segurança. Isso só comprova a dedicação e o heroísmo dos nossos agentes da segurança pública. Encontrá-los é a absoluta prioridade das nossas equipes, inclusive dar assistência às famílias dos servidores”, iniciou dizendo o governador.

Além disso, Leite destacou que, desde a noite de quarta, 14, todo o governo trabalha para que não haja descontinuidade dos serviços de segurança e garantiu que todos seguem funcionando mediante soluções emergenciais, como o telefone 190 e o monitoramento de câmeras.

“Antes de qualquer coisa, quero deixar claro à população gaúcha que a segurança pública continua firme e operante, até porque a operação dos órgãos não se dá a partir diretamente deste prédio (que incendiou), mas nas tantas guarnições, delegacias e comandos da Brigada Militar e da Polícia Civil, e das vinculadas em seus diversos espaços. Além disso, boa parte dos processos são digitais, por isso a gente consegue manter esses serviços sem prejuízo à população. Por isso, estamos preocupados especialmente com os servidores”, reforçou o governador.

De acordo com o comandante do Corpo de Bombeiros Militar, coronel César Bonfanti, a corporação foi informada do incêndio às 21h30 e os primeiros agentes chegaram ao local cerca de cinco minutos depois, iniciando pelo trabalho de evacuação das pessoas, o que foi fundamental para preservar vidas, e depois no combate às chamas. Os servidores desaparecidos estavam entre os primeiros a chegarem ao local, um deles é o tenente que comandava as guarnições no trabalho inicial e o outro, um sargento dos Bombeiros que foi ao local de forma voluntária para ajudar.

“Foram mais de 70 servidores envolvidos no combate às chamas. Fomos avisados às 21h30 e, cinco minutos depois, a primeira viatura chegou ao local, onde já havia um incêndio de grandes proporções. Imediatamente começamos a evacuação do prédio, pois a prioridade é sempre salvar vidas. As dificuldades de combate ao fogo foram grandes, uma característica de todos os grandes incêndios, especialmente em prédios altos. Agora, nosso foco é a busca dos nossos dois servidores. Estamos com equipes de busca e salvamento fazendo as buscas e, assim que houver condições, entraremos com cães treinados para buscas”, afirmou Bonfanti.

O Plano de Prevenção e Proteção Contra Incêndio (PPCI) do prédio foi aprovado em 6 de junho de 2018 e estava em execução. De acordo com o governador, o governo investiu mais de R$ 1 milhão para aperfeiçoar o plano, incluindo melhorias no sistema hidráulico. O cronograma de trabalho previa seis meses de execução, e estava, atualmente, no segundo mês.