Início Empresarial “Ela é minha filha de quatro patas”

“Ela é minha filha de quatro patas”

Ana Souza
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Sheila e Cindy: muito amor envolvido. – Foto: Divulgação

Móveis estragados, sapatos roídos, jardim destruído, mas… como resistir aquele olhar ao serem repreendidos. Quem nunca passou por isso? Eles podem destruir nossa casa, mas nunca irão destruir nosso coração! Assim é o amor que recebemos dos animais e assim deveria ser o nosso amor por eles. Com esse intuito é que surgiu o Dia Nacional dos Animais, em 14 de março. Um exemplo de dedicação é da empresária Sheila Andrade e de sua filha de quatro patas, Cindy.

Tudo começou com uma energia simultânea e uma troca de olhares. “Estávamos eu e meu marido tomando chimarrão na frente de casa quando passou uma moça com a Cindy. Foi amor à primeira vista e hoje é uma das coisas mais importantes para mim, a minha filha de quatro patas e que veio em uma fase em que eu estava muito depressiva. Trouxe ainda mais alegrias, desde criança tive animais, mas, igual a esta nunca, pois existe uma grande afinidade, parece algo de encontro de vida humana com vida animal. Me traz uma paz interior. Onde estou, ela está.”

Os animais têm um instinto bem apurado, tanto que sentem as emoções que os humanos transmitem. “Existem momentos em que estou com a autoestima baixa, sem ânimo, e a Cindy fica sempre por perto e pedindo carinho, parece que quer dizer: estou aqui pra te ajudar. Quando saímos de carro ela é a primeira a entrar para ir junto. Tem roupinhas e enfeites”, destaca. A filha, Maria Gabriela Alves e o marido Silvio Alves, auxiliam nos cuidados mas, a Cindy é toda da Sheila. “Minha mãe tem crises de pânico e ela percebe isso, tanto que ela acoa para ir no colo e se percebe que acalma, passando uma energia incrível”.

O amor é tanto que até uma festa comemorativa foi feita em 2020, no dia 1º de março, para marcar os 15 anos da pet. “Faço de tudo por ela. Levo regularmente para banho e tosa e cuido se tem medicações para dar. Ela já está debilitada, com catarata, e quando tinha quatro anos eu quase a perdi porque contraiu parvovirose. Levei no veterinário e ele me disse que não tinha o que fazer, fiquei desesperada, sacudia ela e pedia para que não me abandona-se. Era noite quando ocorreu e no outro dia quando amanheceu ela veio me acordar, parecia que me dizia que tinha melhorado. Isso não teve explicação, foi nesse momento que, de cachorrinha da casa, ela virou filha de quatro patas. Sofro por antecipação e não imagino minha vida sem ela”.

AMOR TATUADO NA PELE

Os bichinhos de estimação merecem ser bem tratados e os humanos são os responsáveis por eles. O amor pela Cindy está tatuado na pele. “Fiz uma tatuagem exatamente igual à patinha dela, levei ela junto no tatuador e ele carimbou para depois fazer o trabalho em cima para ficar igual. Não queria uma imagem de qualquer patinha, mas sim a dela mesma”.

A paixão pelos pets foi aumentando e a família ganhou mais alguns integrantes: a Yorkshire Wilma e os American Bullies, Antonieta e Aruki. Para muitos que acham que não existe convívio entre cães e gatos, veio o Frajola para mostrar que caninos e felinos podem sim dar exemplo de harmonia.

E, antes de encerrar a entrevista, ocorrida na véspera da edição do Riovale Jornal, Sheila ganhou de uma amiga um presente especial, mais uma integrante. “Agora temos uma Lulu da Pomerânia, com cinco meses. Ainda não decidi o nome, mas gosto de Nina. Me sinto feliz em ter meus bichinhos e sempre trago comigo que as pessoas devem adotar e retribuir o carinho que eles nos dão, algo puro e verdadeiro. Eles não nos pedem nada em troca e não nos desapontam. Meu sonho é ter uma chácara e proporcionar ainda mais conforto a eles”, finalizou.