Será através do poder judiciário a decisão da nova presidente do Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG). Em eleição histórica, realizada no último sábado, 11, no Parque do Imigrante, em Lajeado, as candidatas Elenir Winck e Gilda Galeazzi protagonizaram uma disputa acirrada e história, sendo a primeira disputa entre duas mulheres pelo comando da entidade. Com 1.060 votos contabilizados, a eleição terminou empatada, com cada candidata recebendo 530 votos.
O regulamento do MTG determina que, em caso de empate, será considerada eleita a chapa com o candidato mais idoso. Gilda Galeazzi tem 65 anos. Já Elenir Winck tem 61. Como critério de desempate, a comissão eleitoral da Assembleia Geral Eletiva do 68º Congresso Tradicionalista do MTG analisou a idade de todos os integrantes das chapas. Como o suplente do conselho da chapa de Elenir, Wilson Barbosa de Oliveira, tem 77 anos, ela foi declarada vencedora. Com o resultado, Gilda Galeazzi entrou na justiça para anular a posse.
De acordo com a juíza de plantão, Carmem Luiza Rosa Constante Barghouti, que concedeu liminar impedindo a posse de Elenir, houve “interpretação extensiva e ampla de norma” e que o caso merece análise mais aprofundada. O atual presidente do MTG, Nairo Callegaro, informou que vai recorrer da decisão para manter Elenir na presidência. Não está descartada a possibilidade de nova votação.
De acordo com o conselheiro do MTG para a 24ª Região Tradicionalista, Flávio Rodrigues, o impasse não será resolvido de imediato. “Caberá à justiça tomar uma decisão. São duas chapas lideradas por excelentes pessoas, que estão apenas questionando um artigo de um regulamento. Não está em discussão quem é melhor. Por outro lado, acho que esta demanda não será resolvida rapidamente. Talvez demore meses ou quem sabe até um ano. Por isso, minha sugestão, e a de outros conselheiros eleitos em 2019, é de que ocorra uma nova reunião nesta semana para formar uma comissão e gerir o MTG provisoriamente até que a justiça tome uma decisão. Existem eventos do MTG e decisões administrativas que precisam ser tomadas. Precisamos dar continuidade ao trabalho da entidade”, comentou Rodrigues. (Com informações da Rádio Independente, de Lajeado).
