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Espiritismo XVI

Odilon S. Blank*

Na primeira ordem estão os Espíritos Puros; não sofrem nenhuma influência da matéria e tem superioridade moral e intelectual absoluta em relação aos Espíritos de outras ordens.
Percorrem todos os graus da escala evolutiva e alcançaram o máximo de perfeição que é possível à criatura, não estando mais sujeitos à reencarnação. Vivem a vida eterna em comunhão com Deus.
São felizes sem cessar, mas não são ociosos. São os ministros e mensageiros de Deus.
São os próprios espíritos que se aperfeiçoam e passam de uma ordem inferior para outra mais elevada. Deus criou os Espíritos simples e ignorantes para chegarem por seu próprio esforço à perfeição e aí encontrarem a felicidade perene. Nisto consiste o “céu”, um “estado de consciência, de serenidade, paz e alegria íntimos”. Uns demoram mais por não suportarem as provas da vida material sem revoltas.
Todos os Espíritos se tornarão perfeitos, nenhum será abandonado para sempre e nenhum Espírito se degenera; podem manter-se estacionários mas não retrogradam.
Se fossem criados perfeitos, nenhum mérito teriam. À medida que adquirem consciência de si mesmo tem liberdade de escolha entre evoluir ou estacionar.
Os Espíritos Imperfeitos procuram dominar os que lutam por evoluir e os perseguem tentando-os até que pela evolução tenham adquirido domínio sobre si mesmos.
Logo, todos nós temos méritos de nossos esforços. Deus não privilegia ninguém. A maioria dos Espíritos, estão no caminho intermediário: nem mal absoluto, nem bem total.
Os que se comprazem no mal poderão demorar ali estacionários por tempos muito longos, quase eternidades, mas um dia se cansarão e se encaminharão pela senda da recuperação moral.
(continua)

*Aposentado