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Espiritismo XXXV

Odilon S. Blank*

Continuando com o estudo do “O Livro dos Espíritos”.
Após desencarnar, a medida que se desmaterializa, o Espírito vai modificando suas idéias e vê as coisas em maior clareza, procurando então os meios de se tornar melhor.
Geralmente, ao despertar do sono da morte, após desligar-se do veículo físico (corpo material) o Espírito sofre da “perturbação pós-morte” e só aos poucos vai se inteirando de sua nova condição, à medida que vai recordando-se do passado.
Sentem-se muito felizes ao sentirem que são lembrados pelos que amavam na Terra; no dia de finados em maior número se reúnem nos cemitérios para rever seus amigos encarnados, que neles penam e por eles oram: Os que não são lembrados mais por ninguém, sentem-se mais desprendidos da Terra, pois tem para si o Universo.
Certas pessoas preferem ao morrer serem enterrados seus restos mortais em determinados lugares, o que denota inferior moral, já que os Espíritos de nível elevado nenhuma importância dão a isto, pois sabem que as almas se reunirão aos que lhes são caros indiferentemente do local em que ficaram os seus despojos.
A reunião dos despojos mortais de todos os membros de uma família é um costume piedoso e um testemunho de simpatia para com os que lhe foram entes queridos e que comovem as almas dos familiares.
Muitas vezes o Espírito assiste ao seu enterro, mas os que ainda estão perturbados não percebem o que se passa.
Os Espíritos sabem que um dia reencarnarão, pois é uma necessidade para seu progresso, salvo os que já evoluíram o suficiente para desapegar-se do mundo material.
Existem os que, pelo seu atraso espiritual nem pensam em reencarnar ou até nem compreendem tal necessidade. Muitos até retardam o evento reencarnatório recuando por covardia ante as provas que terá que enfrentar. O destino do Espírito é evoluir, mediante a reencarnação.
(continua)