Diego Dettenborn – [email protected]
O Dia Nacional de Luta, iniciativa da Central Única dos Trabalhadores (CUT), mas que não teve nenhuma frente sindical responsável exclusivamente pela ação, movimentou o centro de Santa Cruz na última quinta-feira, 11 de julho, onde os manifestantes se encontraram na Praça Getúlio Vargas por volta das 15h. No final da tarde houve uma passeata que se estendeu até a Praça da Bandeira.
Participaram do movimento, além de pessoas da comunidade não sindicalistas, o Sindicato dos Professores Municipais (Sinprom), Sindicato dos Professores da Rede Privada do RS (Sinpro), o Centro dos Professores do Estado do Rio Grande do Sul (Cpergs), o Sindicato dos Comerciários, o Sindicato dos Bancários, o Sindicato dos Funcionários Públicos Municipais (Sinfum) e o Sindicato dos Trabalhadores do Correios (Sintect). A União dos Estudantes Santa-cruzenses (UESC) e a Associação dos Aposentados e Pensionistas de Santa Cruz (Apopesc) também estiveram presentes.
A Brigada Militar contabilizou cerca de 200 pessoas na manifestação. Segundo o Major Azevedo, responsável pela operação, não houve nenhuma prisão ou até mesmo princípio de confusão. “Correu tudo na mais perfeita ordem, dentro daquilo que já esperávamos da manifestação. Apenas orientamos os motoristas para que o trânsito não ficasse interditado nas vias principais.”
Marcos Azeredo, vice presidente do Sindicato dos Comerciários destacou a ação. “Muitos trabalhadores dependem do transporte público para vir a Santa Cruz, então por isso muitas pessoas ficaram de fora, mas foi um bom movimento onde podemos mostrar que não estamos parados e muito menos satisfeitos com o governo. O mínimo que a comunidade espera é mais saúde e educação.”
Rolf Steinhaus

Manifestação reuniu cerca de 200 pessoas no centro de Santa Cruz do Sul
Experiência
O safrista santa-cruzense Leandro Treib, de 27 anos, teve a sua primeira experiência em manifestações, no Dia Nacional de Luta. Segundo ele a intenção é somar forças entre os cidadãos. “Nunca havia participado de algo parecido, mas ultimamente venho acompanhando através dos jornais e da televisão e hoje não quis ficar de fora. É um movimento muito importante para a comunidade santa-cruzense.” Já a presidente da UESC, Tauâni Schwengber, de 16 anos, acredita que o movimento precisa também de apoio dos estudantes. “Estamos aqui solicitando o passe livre também para Santa Cruz do Sul, já que em vários municípios foi aprovado. Temos muitos estudantes na cidade, em escolas públicas principalmente.”
O Comércio
Em acordo com a Prefeitura Municipal o comércio santa-cruzense precisou fechar as portas às 17h. Alguns estabelecimentos fecharam às 16h e outros até mesmo às 15h. Divanês Beatriz da Silva, comerciante, apóia a manifestação, porém sente-se prejudicada pela ação. “O protesto é para ser contra a corrupção e eu espero mesmo que resolva, pois acaba atrapalhando o comércio de certa forma, mas é bom para a comunidade. Eu entendo o que eles pedem na manifestação, concordo, mas acabo sendo prejudicada”.
Rolf Steinhaus

Rua Marechal Floriano foi o caminho escolhido pelo grupo até a Prefeitura Municipal














