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Prefeitos aprovam treze medidas para combater avanço da Covid-19 no Vale do Rio Pardo

Reunidos na tarde de sexta-feira, 3, os prefeitos do Vale do Rio Pardo aprovaram doze medidas para combater o avanço da Covid-19 na região. O plano de ação, que era uma das exigências após o alerta de agravamento da pandemia emitido pelo Estado, já está em vigor.

Em um primeiro momento, nenhuma atividade econômica ou social será proibida, mas o Comitê Técnico Regional incluiu restrições consideradas brandas principalmente nos protocolos de teto de ocupação e horário de funcionamento dos estabelecimentos. Entretanto, uma nova revisão será feita dentro de sete dias, e caso as medidas não surtem efeito, ações mais severas podem ser tomadas.

Conforme os integrantes do órgão, a proposta principal do plano são ações concretas de políticas públicas que precisam ser implementadas e melhoradas na região, e não o fechamento do comércio e da indústria. As sugestões de restrições vão desde o escalonamento de funcionários, teletrabalho para setor público e empresas, menor circulação de pessoas, até a limitação na ocupação dos estabelecimentos e do transporte público e coletivo. O Comitê ainda solicitou aos prefeitos uma ação efetiva de fiscalização para combater aglomerações.

O plano de ação prevê duas fases: a primeira compreende em estabilizar em até 15 dias a evolução dos indicadores da pandemia, e a segunda em reduzir os índices após o mesmo período. Entre as doze iniciativas, o médico infectologista e assessor técnico da Amvarp, Marcelo Carneiro, destaca a necessidade de avançar na vacinação e a política de testes e rastreamento de contatos. 

“É momento de agir. E o que é mais racional hoje é vacinar todo mundo e testar o máximo possível de pessoas com sintomas. Aí sim vamos controlar a doença. Testando e deixando em casa quem está doente, vamos ter um controle ambiental e diminuição dos casos na comunidade. É algo que se falou muito em 2020, e agora está viável financeiramente aos municípios”, esclarece Carneiro. 

Outras medidas incluem uma articulação institucional entre as cidades, com reuniões semanais para acompanhamento dos indicadores, a oferta de atendimento médico ambulatorial e também hospitalar a todos os casos suspeitos e confirmados, conscientização e ampliação da testagem, educação em saúde com um plano de funcionamento de escolas e revisão do funcionamento das empresas, como a emissão de alertas de surtos. Ainda estão no documento, campanhas de comunicação, fiscalização orientativa e punitiva e o monitoramento e avaliação dos resultados. 

Além disso, o Comitê também recomenda a criação de um certificado de local seguro, uma espécie de selo que garante o cumprimento dos protocolos em empresas e estabelecimentos.

Confira o plano completo:

Confira uma entrevista com o médico Marcelo Carneiro e a diretora executiva do Cisvale, Léa Vargas: https://drive.google.com/file/d/17RmJY8zw66WeAHM5g_RJfVVH_ZWXHvq_/view?usp=sharing