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Sesi detalha escola em Santa Cruz do Sul

Modelo de escola do Sesi em Montenegro que será implantado também em Santa Cruz do Sul

O superintendente do Serviço Social da Indústria no Rio Grande do Sul (Sesi-RS), Juliano Colombo, esteve em Santa Cruz do Sul nessa sexta-feira, 3, para detalhar a construção de uma escola de ensino médio na cidade. O investimento faz parte da expansão do modelo inovador de educação da entidade, inspirado em práticas de referência no exterior. Participaram do encontro membros do Conselho Consultivo do Sesi-RS, composto por representantes do setor industrial na região, e autoridades.

Juliano Colombo (E), ao lado de Flávio Haas: “Conexão direta com o mundo do trabalho”


A primeira etapa do projeto é a definição do terreno onde será erguida a nova escola. Serão mais de 4,3 mil metros quadrados de área construída, incluindo salas de aula, laboratórios, biblioteca, espaço maker para trabalhos com tecnologia, ginásio de esportes e outras estruturas educativas. A previsão é de que o colégio em tempo integral inicie a operação em 2026, com capacidade para até 360 alunos.


“O Sesi já tem uma rede de educação reconhecida pela excelência acadêmica e pela conexão direta com o mundo do trabalho. Com essa ampliação, estamos garantindo à comunidade de Santa Cruz do Sul o acesso a uma educação de nível internacional, que faz sentido aos jovens e que, consequentemente, contribui para o desenvolvimento da cidade e da região”, afirmou Colombo.


A construção da escola em Santa Cruz integra o programa “A Indústria pela Educação”, lançado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs) no dia 25 de maio. Também serão construídos educandários em Bento Gonçalves, Canoas, Caxias do Sul, Lajeado e Novo Hamburgo, além da ampliação da estrutura já existente em Pelotas. Quando em funcionamento, as unidades somadas deverão gerar 2,4 mil novas vagas para estudantes e 300 empregos diretos.


O investimento ainda contempla a criação de um Instituto de Formação de Professores, em Porto Alegre, dedicado à capacitação e à qualificação de educadores de escolas públicas e privadas, principalmente por meio de parcerias com os municípios gaúchos. Além de qualificação docente, o espaço (em um prédio da Travessa Leonardo Truda, no Centro da Capital) fará pesquisas e estudos de dados educacionais do Estado, produzindo análises qualitativas que permitam construir soluções personalizadas para os professores. Também estão previstas a reformulação e a ampliação do contraturno tecnológico com ênfase em pensamento computacional, para atender crianças de 6 a 15 anos, no turno inverso à escola.


A aplicação dos R$ 300 milhões nesse conjunto de obras deve começar ainda este ano, com o lançamento do Instituto de Formação de Professores, e ser concluída no primeiro semestre de 2027. A previsão é de que as primeiras escolas entrem em operação em 2025, caso de Lajeado, onde as obras começarão no início do ano que vem. O público-alvo das instituições de ensino são filhos de trabalhadores da indústria, que poderão receber bolsas integrais e parciais, e da comunidade em geral.

Ensino médio de excelência

A primeira escola de ensino médio do Sesi-RS começou a operar em 2014, em Pelotas. Hoje há mais quatro unidades em: Sapucaia do Sul, Gravataí, Montenegro e São Leopoldo. A decisão de concentrar investimentos nesse segmento escolar, por meio de um modelo diferenciado de educação, surgiu a partir da constatação de que era preciso mudar a forma de ensinar, já que a escola tradicional não está conseguindo formar jovens preparados para os desafios da sociedade no século 21, bem como às mudanças no mundo do trabalho.


Com índices de evasão e de reprovação perto de zero e resultados de destaque no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), as escolas do Sesi-RS já receberam mais de 100 premiações em eventos científicos no Brasil e no exterior, além do reconhecimento do Ministério da Educação como uma das instituições mais inovadoras do País. Os seis novos educandários seguirão a proposta pedagógica que já tornou o Sesi-RS referência em educação. O aprendizado se dá por meio da pesquisa, as tecnologias de inovação estimulam a criatividade e a solução de problemas, as turmas são divididas em grupos para incentivar o trabalho colaborativo e os professores atuam como mentores, em apoio aos estudantes na busca de respostas para cada desafio.


Com esse novo investimento, a indústria gaúcha ainda colabora com a educação ao agir em favor da meta 6 do Plano Estadual e do Plano Nacional de Educação, que destacam a importância da oferta de escolas em tempo integral no nível médio. Atualmente, a rede estadual conta com 17 escolas de ensino médio com jornada em tempo integral. Com a expansão anunciada, o Sesi-RS terá 11.