Início Focando no espore - Julio Mello Éder Machado, um dos maiores que vi jogar

Éder Machado, um dos maiores que vi jogar

Éder Machado atuou pelo Galo também – Divulgação

Santa Cruz do Sul já teve grandes atacantes que ficarão para sempre na lembrança do torcedor. Sei que vou esquecer de um ou outro nome, mas quero apenas fazer uma homenagem a um grande amigo que tive no mundo da bola e ele foi um fenômeno em fazer gols. Uma pena que nos deixou cedo demais. E olha que vou falar apenas dos que eu vi jogar. Tem atacante que somente o Chico Kopp, Irineu Roesch, Ivan Textor ou o luís Carlos Marques, o Palito, poderiam falar. Mas por exemplo, no Galo, tivemos alguns recentes. Bugrão, Paulo Roberto, Jacaré e Rogerinho. O Betinho é um caso à parte, pois foi um dos maiores que vi jogar. No Avenida, teve Alex Amado, Adão, Dandão e Alë Meneses. Mas teve um que eu queria homenagear que jogou nos dois clubes e que ficou marcado na cabeça de todos os torcedores. Falo de Éder Machado. Ele era fora do normal dentro e fora de campo. Uma vez, o atual presidente do Avenida definiu bem o que era contratar o El Loco, “quando alguém contratar o Éder já sabe que contrata o pacote por inteiro. Claro que é um goleador, mas vai ter problemas fora de campo”. Mas todos sabiam que valia correr o risco. O cara era goleador nato. Fazia gol de todos os jeitos e em todos os clubes por onde jogou. O El Loco, como também era conhecido, fez um dos gols mais bonitos do Estádio dos Eucaliptos, e olha que não foi num goleiro comum não. Era o grande Vanderlei, um dos maiores que vi jogar dentro da pequena área. Depois de grande jogada de Alex Amado, pela direita, por onde o Periquito sempre gostou de atacar no segundo tempo, a bola foi alçada para área e quase dentro da grande área Éder Machado jogou o corpo no ar e pegou a bola sem cair, numa linda bicicleta. A bola foi no ângulo superior do goleiro Vanderlei, que defendia o Brasil de Pelotas em 2011. O El Loco jogou demais dentro de campo, fora dele não era bem assim, gostava de uma confusão. Eu particularmente vivenciei algumas, contudo, ele era fantástico com a bola no pé. Outra grande característica do Loco, era a de ser amigo de verdade, sempre foi gente boa e brincalhão.

Assim como fui cobrado por escrever de outros jogadores, claro que vou sofrer algumas por não lembrar de mais goleadores, justifico esta lembrança por ser necessária, e a história do Éder Machado poucos a possuem, tanto dentro como fora de campo. Eu, particularmente, fui amigo dele e convivia com os seus filhos e a sua companheira. Quando vejo o Kaun jogando com a camisa do Periquito logo lembro do El Loco, Éder Machado. Esse sim ficou para a história do nosso futebol. Machado faleceu em 2014. O atacante, de 31 anos, colidiu com seu veículo na mureta de proteção de uma ponte, na rodovia ERS-409, entre os municípios de Santa Cruz do Sul e Vera Cruz, e acabou carbonizado. Uma morte triste para quem sempre brilhou dentro de campo. Que Deus o tenha. Na semana que vem, dia 14, serão seis anos longe desta lenda da bola. Eu já estou me adiantando nas homenagens.

Éder Machado deixou seu nome gravado no Avenida – Divulgação

Mudou de ideia?

O governador Eduardo Leite, tão cobrado pela grande mídia para voltar logo com o futebol, parece que sentiu a pressão. Deverá liberar a volta do Gauchão ainda no mês de julho, mesmo com a maioria do estado com bandeira preta ou vermelha. A Federação Gaúcha de Futebol pediu a volta do campeonato para 26 de julho. O governo do Estado ainda analisa o protocolo apresentado pela FGF para o retorno dos jogos do Campeonato Gaúcho da 1ª Divisão. Vamos aguardar e ver no que vai dar.

Jogadores de futsal estão tristes

Como não poderia ser diferente. Os jogadores de futsal estão sem emprego e já faz um bom tempo. Têm vários problemas que envolvem a classe destes jogadores. E um pouco de preconceito também. Justamente por não ser profissional a prática do salão. Têm os que dizem: “Mas só jogam e não trabalham”, o que não se fala para um jogador de futebol campo. O Futsal emprega muita gente no Rio Grande do Sul e Brasil. Eu já estive em várias cidades onde o ginásio lota de torcedores. Existem localidades onde há apenas o futsal como esporte. Uruguaiana, Selbac, Lagoa Vermelha, Parobé, Candelária, Marau, Canoas, Fortaleza dos Valos, Salto do Jacuí e por aí vai. A febre pelo futsal é grande em vários municípios do nosso Estado. Seria importante que a Federação Estadual e a direção da Liga dessem uma olhada de perto para os clubes e seus jogadores. Não vi nada de apoio para eles até o momento. Um aporte financeiro cairia bem para todos e viria em boa hora. Evidente que a culpa não é deste ou aquele governo, seja ele estadual ou municipal. A Covid-19 é uma pandemia que está teimando em ficar entre nós. O jeito é rezar e pedir a Deus que tudo isso passe logo e que os nossos jogadores de futsal possam voltar à ativa.

Santa Cruz contou com vários craques da bola – Divulgação

Santa Cruz respira futsal

Santa Cruz do Sul tem vários projetos voltados para a prática do futsal e não é de hoje. O coordenador de Esportes do município, Cleber Pereira, por exemplo, é proprietário do New Boys, comanda a Copa Regional de Escolinhas, onde jogam somente as crianças de 6 aos 15 anos. Lá fica evidenciado o gosto pela prática do futsal em toda a região. Aqui na cidade, além do New Boys, tem escolinha no Esmeralda, Arroio Grande, Colégio Goiás, no Faxinal Menino Deus, no Bairro São João, Santa Vitória, Várzea e alguns núcleos coordenados pela Prefeitura. O Futsal é grande, tanto que hoje temos três equipes adultas, duas só no Faxinal Menino Deus: Volte a Sonhar e a Associação Menino Deus, mais o Santa Cruz Futsal oriundo da Assaf, que acabou fechando. Portanto, o futsal existe e de forma forte em toda a região. Até agora são 113 dias sem futsal no Estado.

Cleber Pereira coordenador de esportes – Julio Mello