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Jaqueline Weber sobre Jogos Olímpicos: “É a grande meta”

Tiago Mairo Garcia

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Jaqueline Weber segue intensificando treinamentos na região
(Divulgação)

O sonho de disputar uma Olímpiada cada vez mais vivo. Mesmo com as dificuldades geradas pela pandemia do coronavírus, a corredora Jaqueline Weber está intensificando os treinamentos em preparação para a disputa das principais competições esportivas de atletismo, que serão retomadas a partir de novembro, onde ela partirá determinada em alcançar o índice olímpico para as Olimpíadas de Tóquio em 2021.

Em entrevista concedida ao Riovale Jornal, a atleta meio-fundista, especialista na prova dos 800 metros, fala do período de paralisação gerada pela pandemia, as dificuldades para a retomada dos treinamentos e o sonho de alcançar o índice para estar nos Jogos Olímpicos pela primeira vez na carreira.   

Riovale Jornal – Como foi o período de treinos que você realizou durante a paralisação em razão da pandemia?

Jaqueline Weber – Foi um momento muito diferente do que vivi até então na minha carreira desportiva. Logo no início, com o anúncio da suspensão das competições e também o certo medo que tínhamos pela falta de informação sobre o vírus, fiquei um mês sem treinar. Após, fui retomando as atividades de acordo com as possibilidades que tínhamos.  Treinos em casa, no interior e com materiais próprios de musculação.

RJ – Com a flexibilização das atividades, como está sendo a retomada dos treinamentos?

Jaqueline – Na verdade, desde que retornei não mudou tanto, pois meus principais locais de treino na cidade ainda estão fechados, que são a pista da Unisc e do Municipal. Acabo me deslocando duas vezes na semana mais de 100 quilômetros para treinar na pista sintética da Univates, em Lajeado, que já está aberta há mais de um mês. Os demais treinamentos faço a maioria no interior, rodovias e na academia Infit Center. Logo mais, felizmente, teremos também a sala da AMO para utilizar.

RJ – Como estão sendo realizados os treinos dos demais atletas da AMO?

Jaqueline – Alguns outros atletas da AMO estão retornando gradativamente aos treinos, dado o fato que as corridas de rua ainda não têm previsão oficial para voltar. Os que servem ao Exército Brasileiro conseguem utilizar a pista do quartel. Já os que não residem em Santa Cruz, também estão adaptando treinos em estradas e campos.

RJ – Como você projeta a retomada das competições?

Jaqueline – Estou diariamente adquirindo mais confiança para fazer uma passagem de ano positiva, trazendo alento para uma temporada tão difícil e diferente. No Estado, está previsto o Estadual Adulto para novembro, mas que ainda não podemos afirmar que acontecerá. O grande objetivo será o Troféu Brasil de Atletismo que ocorrerá de 10 a 13 de dezembro, no Centro Olímpico, em São Paulo. A partir de dezembro, recomeça a corrida por índices olímpicos. Por isso, acreditamos que o Troféu Brasil saia, com toda segurança e cuidados necessários. Fui medalha de bronze em 2018 e será uma grande oportunidade para buscar o lugar mais alto do pódio, algo que seria inédito em minha carreira.

RJ – Devido à pandemia, a Olimpíada de Tóquio ocorrerá em 2021. Você acredita que seja possível alcançar o índice olímpico?

Jaqueline – É a grande meta. Sei exatamente das dificuldades que temos que transpor para isso se concretizar, mas trabalho diariamente para chegar o mais próximo possível dos Jogos Olímpicos. Se vai dar certo ou não, só saberemos em 2021 (Tóquio) ou 2024 (Paris), até lá eu sigo correndo atrás de me tornar uma das 2.500 pessoas brasileiras da história que tiveram essa grande honra. Desde já eu agradeço a equipe da Associação Medalha de Ouro, ao Miller Supermercados e Cooperativa Languiru, que são meus patrocinadores, e meus parceiros Artesani, Clínica Adler, Authen e a nutricionista Camila Mai por estarem comigo nestes momentos de incertezas. É fundamental para um atleta ter uma equipe multidisciplinar e um grupo de apoio que lhe de segurança para buscar seus objetivos.