Estamos passando por uma etapa muito difícil, em função do coronavírus. Trata-se de uma crise na área da saúde, é também uma crise humanitária. Entre outros fatores envolvidos nesta fase tão complicada, estamos diante de uma intempérie econômica gravíssima. O coronavírus exige uma redução muito significativa das atividades em geral, empobrecendo ainda mais o nosso mundo. Pessoas estão perdendo trabalho e renda. Se já havia pobreza no mundo, agora a escassez econômica atinge uma parcela ainda maior da população.
Perda de renda e escassez econômica trazem enormes dificuldades, seja em termos de habitação, por exemplo, seja até mesmo para comprar comida. A fome está batendo na porta de muitas pessoas, algo que desperta o sentimento solidário de uma parcela considerável da sociedade. Campanhas têm sido lançadas para combater a fome, há uma mobilização nesse sentido. Claro, a fase que vivemos é muito triste, mas é bom ver que este momento, duro, complicado, estimula a solidariedade.
Muitos acreditam que este drama do coronavírus, não vai fazer a humanidade melhorar em muitos de seus princípios, caracterizados pelo egoísmo, pela desconsideração do “outro”, pela mesquinharia. Com certeza, não vamos sair do coronavírus para viver em uma sociedade justa. Porém, neste momento, um exemplo importante está sendo dado, por pessoas interessadas em aliviar o sofrimento do “outro”.
Abençoado, aquele que tem o alimento em sua vida. E esta bênção deveria ser levada a todos, independente de uma crise como a do coronavírus. Que este momento faça com que mais pessoas possam colaborar no combate à fome de forma constante.