Início Focando no espore - Julio Mello O vírus que parou o mundo

O vírus que parou o mundo

Vejo muita gente escrever bastante coisas pelas redes sociais. A maioria é besteira e não tem alcance social nenhum. Algumas coisas são boas. Contudo, o vírus, que não fui eu quem trouxe, nem mesmo o nosso presidente e muito menos os nossos irmãos de todo o Brasil, é coisa séria. Culpar este ou aquele por causa desta pandemia é chover no molhado. Vejam o mundo da bola, está parado e não é só aqui. Basquete, vôlei, tênis, bicicross, automobilismo e o futebol mundial estão sendo prejudicados. O prejuízo é enorme e dificilmente vamos se recuperar tão cedo. Aqui no Rio Grande do Sul, as equipes deverão fechar por vez. Não tem o que fazer. Infelizmente a culpa não é de ninguém. O momento é histórico. O vírus parou o mundo mesmo. Mandou todo mundo para casa. Eu? Por exemplo, também estou em casa. Fazer o que? Tenho que seguir os pedidos das autoridades da saúde.

Uma grande ação que merece parabéns
Na manhã dessa quinta-feira, 2 de abril, o treinador Gelson Conte e o analista de Desempenho, Jorge Zimmer, fizeram a entrega de 11 cestas básicas para a Assistência de Políticas Públicas da Prefeitura que, posteriormente, irá fazer a distribuição dos alimentos. Os mesmos foram comprados através da arrecadação da caixinha dos atletas e da comissão técnica do Esporte Clube Avenida. “Em meio a essa pandemia e afastamento social, não podemos deixar de fazer a nossa parte. Em concordância unânime, todo o valor que foi arrecadado na caixinha, foi revertido em alimentos para algumas famílias que estão precisando” salienta Gelson.

Perdigão jogou demais
No meio da semana eu estava em casa olhando uma programação esportiva. Claro que era reprise. E outra, não tem o que fazer. O jeito é olhar TV o dia inteiro ou ler um bom livro. Naquele dia parei de ler “O Monge e o executivo”, um bom livro que conta a história de um executivo de sucesso. Até recomendo que leiam.
Bom, voltando ao reprise. Eu olhei aquele famigerado jogo onde o Inter empatou com o Corinthians em 2005, que o árbitro Márcio Resende de Freitas não deu um pênalti claro e ainda expulsou o Tinga. Depois falo sobre isso, mas naquele jogo, agora olhando com outros olhos, o Inter tinha um meia chamado Ricardinho, que era bom jogador. Meio desconhecido, mas jogava bem.
O volante Perdigão tinha um bom passe. Foi dele os passes para o gol do Rafael Sóbis e da jogada do pênalti em cima do Tinga e várias outras jogadas. O perdigão não era bobo não. Claro que quem olha ele hoje em dia, com aquela baita barriga, pode até achar que não jogava, mas muito pelo contrário, era bom de bola.

Depois pediu desculpa
O Inter perdeu o campeonato e o Corinthians ficou com a taça no armário. Todos sabiam que era título arrumado, mas ninguém fez nada. Justiça calada e calaram o Inter. O árbitro do jogo, Márcio Resende de Freitas, logo em seguida reconheceu o erro, mas nada fez para reparar. Muito menos o famoso na época o STJD, Superior Tribunal de Justiça Desportiva, que naquele tempo punia todo mundo por vídeo. Mas enfim, coisas que na época permitiram fazer.

No passado eram só os de verdade
São poucos os que podemos chamar de jogadores de verdade. No passado a gente via muitos pela TV, hoje em dia nem tanto. Meia de qualidade dava para apontar em vários clubes. Lembram do Alex Cabeção do Palmeiras, Dijalminha, Marcelinho Carioca, Alex do Inter, Conca, Ricardinho do Corinthians, Juninho Pernambucano e o Rivaldo. Este sim, fez duas copas sensacionais.
Rivaldo foi campeão em 2002 ao lado do Ronaldo Fenômeno e Ronaldinho Gaúcho. Fora de campo, Rivaldo mora nos Estados Unidos e de lá ele mandou um recado para os amigos e jogadores de todo o mundo; “Hoje eu posso ficar em casa. Eu posso ligar no mercado e o mercado trazer. Ontem aconteceu isso aqui em Orlando, nos Estados Unidos. Minha esposa ligou e rapidamente as compras chegaram. Mas há 20 e poucos anos eu não poderia fazer isso. Eu estava em Paulista, eu estava nas praias vendendo coxinha, picolé, sonho, para poder ter o café da manhã, o café da tarde, para ter o que comer”, complementou.
Rivaldo comprou 200 cestas básicas e doou para uma igreja em São Paulo e fez um desafio aos amigos. “Quero desafiar a doar 200 cestas básicas. Eu vou doar 200 cestas básicas para a igreja do amor, em Paulista, para as pessoas que estão em casa passando por um momento difícil. Eu estou falando para você, mas eu quero que todos os jogadores do Campeonato Brasileiro, aos que jogam fora do Brasil, todos os jogadores campeões do mundo em 1994 e em 2002 possam ajudar. Um pouco de brincadeira, mas que vai ajudar muita gente. Você pode ajudar no seu bairro, as pessoas que estão na favela”.
Por isso que digo, são poucos os de verdade.

Boa notícia para colorados e gremistas
Uma boa notícia para os nossos esportistas. Todos sabiam que os dois presidentes da dupla Grenal estavam com a Covid-19. Pois esta semana eles anunciaram que estão bem e logo estarão na ativa novamente. Romildo Bolzan Júnior, do Tricolor, e Marcelo Medeiros, mesmo curados irão permanecer em casa.

Mais uma boa ação
O momento é de solidariedade. Recebi uma mensagem do Ruben Antônio Haas Neto, o famosos Binho. “Todos sabemos que nossas batalhas vencidas dentro de campo foram desafiadoras e suadas, e agora quero te convidar para juntos, vencermos mais uma, com um golaço em prol da solidariedade. Neste momento de isolamento social, muitas pessoas têm sua renda oriunda do trabalho diário, semanal e não possui uma garantia financeira para sustentar sua casa e suas famílias. São pessoas assim que estão precisando do nosso apoio, da nossa jogada de mestre, para amenizar um pouco as suas dificuldades. Com isso, estamos organizando uma ação coletiva, com o objetivo de arrecadar alimentos, produtos de higiene pessoal e de limpeza. O objetivo é arrecadar o maior número de donativos para direcionarmos para as famílias necessitadas. Junte-se a nós, e com a força e união da nossa torcida, vamos vencer mais este desafio”. Produtos mais necessitados: arroz, feijão, leite, leite em pó, massa, farinha, azeite, açúcar, sal, bolacha, água, papel higiênico, sabonete, pasta de dente, álcool gel, álcool líquido, detergente e sabão de coco. O ponto de coleta será na Agro Sandri, Rua Ernesto Alves, 688 – Centro. A campanha é gerida pelo Bonde Colômbia, Gurias Coloradas e os Nojeiras.
Parabéns, meu amigo Binho!