TABACO
Preço
A negociação do preço médio do tabaco deixa insatisfeito quem produz. Em fevereiro, mais de mil agricultores do MPA tomaram Santa Cruz para uma assembléia pacífica de protesto contra a baixa classificação pelas empresas e a inexistência de reajuste no preço para a safra 2010/2011 – os 10% concedidos foram aplicados sobre a tabela da safra 2008/09. Fizeram uma Via Crucis pelas ruas com um Cristo arrastando uma cruz forrada de folhas de fumo e com uma coroa de espinhos na cabeça. Em dezembro, nova rodada de negociações entre a Comissão dos Agricultores e as indústrias cava um novo impasse que deve entrar 2012. Dos 9,9% pretendidos de reajuste, vieram em contraproposta, apenas 4%.
Rigores
Em maio SindiTabaco e Afubra lançam ações que ancoram o setor dentro dos rigores da lei que restringe atividades até 18 anos aos filhos de fumicultores, tentando conscientizar o produtor e combater o trabalho infantil na lavoura: o Programa Crescer Legal.
Na lida
Setembro de corre-corre na lavoura, quando as chuvas constantes impedem que solo seque para receber as mudas. Preocupação de lideranças do setor. Não sobra tempo entre uma chuva e outra para preparar o solo e fazer o plantio das mudas. No Vale do Rio Pardo, apenas 30% da safra foi plantada, quando o normal seria 60%.
A via crucis
Anvisa não afrouxou e pisou forte no setor, forçando proibições rigorosas quando à propaganda e comercialização do tabaco e seus derivados. Lideranças da região deram as mãos e foram à luta, mas perderam terreno frente ao tímido apoio do governo à causa.
Arquivo RJ
Tabaco teve um ano difícil: produtor amargou perdas. Ruim também para a indústria: Anvisa pisou forte no setor, dificultando a comercialização
EXPANSÃO
Metalúrgica Mor
Uma das principais indústrias do município, fora do setor tabacaleiro a Mor anunciou empreendimento de R$ 30 milhões dentro de um plano de ampliação de área para produção e estoques, que vai ultrapassar os 100 mil m2. A empresa, quem em 2012 comemora seu cinqüentenário, adquiriu três pavilhões com 30 mil m2 para armazenamento do que produz e importa e vai construir mais um de 12 mil m2.
JTI
A fumageira do sol nascente inaugurou moderno centro mundial de tecnologia e pesquisas agronômicas em dezembro, no valor de $ 10 milhões, em Cerro Alegre Baixo. Centro Mundial em Cerro Alegre Baixo.
Phillip Morris Brasil
Um processo de modernização e centralização das operações da PMB acenou com um investimento de R$ 113,5 milhões que incluiu um laboratório de análise e desenvolvimento de produtos (em torno de R$ 11 milhões) em Santa Cruz, onde fica o complexo industrial no Brasil.
Alliance/Unileaf
A Alliance e a Universal Leaf negociaram acomodações a fim de centralizar operações. A primeira ficou com o complexo em Venâncio Aires, para abrigar o pólo logístico e a administração que estava em Vera Cruz. A Segunda ficou com os pavilhões desta no Distrito Industrial em Santa Cruz.
Afubra
Com a nova Central de Distribuição– 2 hectares de área construída e preparada para abastecer as lojas dos três estados do Sul, a Afubra ingressou em uma nova era. Benício Werner reeleito para a presidência e planos para abertura de dez filiais além das 22 já existentes.
Excelsior
Em julho a Excelsior alimentos foi negociada na fusão entre a Sadia e a Brasil Foods – BRF, por exigência do Cade para evitar a concentração de mercado em alguns segmentos específicos. Em dezembro, o frigorífico Marfrig (presente em 140 países) englobou a marca santa-cruzense, que continua centenária, sólida e atraente.
Comércio e serviços
No comércio e serviços a inauguração de novas empresas deu um up à economia local: a franquia da norte-americana Subway de alimentação que superou o gigante Mc Donald’s nos últimos anos veio no dia do aniversário (28 de setembro) para o município. A tradicional Lojas Marisa de moda feminina inaugurou filial em Santa Cruz. A Center Tecidos se expandiu para uma loja de quatro andares e a Puchulu também mudou para melhor. A Minha Griffe expandiu centralizando negócios em ampla loja de esquina. A Cervejaria Heilige comemorou em abril 1 ano de Atividade com a marca bem firmada no mercado.
Ecad deixa Oktobermoto mudo
O 9º Oktobermoto saiu sem a tradicional sonorização recheada de Creedence, devido a um impasse com o Ecad que cobrou uma taxa de R$ 3,8 mil no lugar dos R$ 150 pagos em 2010.
