A importância do destino correto de resíduos

Grasiel Grasel
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Nesta quarta-feira, dia 30, acontece na Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), na sala 101, às 13h30, o Seminário de Boas Práticas de Gerenciamento de Resíduos Sólidos, promovido pelo Conselho Regional de Desenvolvimento do Vale do Rio Pardo (Corede/VRP) com o apoio do Consórcio Intermunicipal de Serviços do Vale do Rio Pardo (Cisvale). O objetivo do evento é apresentar projetos de sucesso na área, de modo a sensibilizar gestores e público em geral para o atendimento dos princípios da Política Nacional de Resíduos Sólidos.
Durante o seminário os participantes poderão conhecer inciativas e modelos que estão em funcionamento na região, visando incentivar uma estruturação de planos de gestão e manejo de resíduos sólidos nos municípios. Na entrada do evento, painéis ilustrarão alternativas viáveis em suas partes técnica, econômica e ambiental. O reflexo, de acordo com a organização, se dará não apenas para os consorciados, mas também para todo o Vale do Rio Pardo.
Graciela Pacheco é analista ambiental na prefeitura de Vale do Sol, faz parte da comissão organizadora do evento e é membro do Comitê Setorial Ambiental do Corede/VRP, ela destaca que a responsabilidade do manejo correto dos resíduos sólidos é coletiva, prevista em legislação nacional, não apenas de empresas ou municípios. “Os fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes, os consumidores e os titulares dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos devem cumprir seu papel de acordo com a lei”, disse.
A Lei nº 12.305/2010, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos, tem quase uma década e nela se estabelecem princípios e objetivos a serem seguidos pelo país, no que se refere à gestão integrada dos resíduos sólidos, de responsabilidade dos geradores e do poder público. A elaboração de plano municipal de gestão integrada de resíduos sólidos passa a ser também, condição para o acesso a recursos da União, destinados a empreendimentos e serviços relacionados à limpeza urbana e ao manejo de resíduos sólidos.
De acordo com a analista ambiental, a melhor forma de conscientizar a população é através da educação, “a informação é o mecanismo mais importante para a mudança de comportamento. Deve-se trabalhar com a instrumentalização da população quanto à correta segregação dos resíduos, separação por cores, coleta de recicláveis em vários pontos da cidade, coleta domiciliar seletiva, campanhas de orientação”, afirmou.
Outra forma de lidar melhor com o problema, segundo Graciela, é rever hábitos de consumo, um processo mais simples e fácil do que o combate à poluição já estabelecida. “Devemos começar pela não geração, desmistificando a real necessidade de consumo. Em seguida a redução, como, por exemplo, com a compra de alimentos em feiras ou diretamente dos produtores, dessa forma com menos intermediários, gastos com transporte e embalagens de difícil reciclagem”, explicou.