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A perspectiva revolucionária

É justo reconhecer que as revoluções (ou pelo menos, uma parte delas) desempenharam uma função relevante na história das sociedades. Um caso bastante enfático é a Revolução Inglesa, ocorrida no século 17. Antes desse acontecimento, a Inglaterra vivia sob uma monarquia absolutista, onde o rei detinha poderes, praticamente, ilimitados. Com a revolução, os ingleses passaram a ter uma monarquia parlamentarista, que limitou os poderes do rei.

A Revolução Inglesa, apontada no parágrafo acima, foi um passo essencial para a formação das democracias atuais. De modo semelhante, no final do século 18, a famosa Revolução Francesa colaborou nesse sentido também, derrubando uma monarquia absolutista e instaurando uma república.

No século 19, a França passou por uma série de instabilidades, com uma nova monarquia e retorno à república. A cidade de Paris, naquele mesmo século, passou por uma experiência socialista, quando foi criada a “Comuna de Paris”, que teria durado pouco mais de dois meses, conforme historiadores (não existe consenso quanto ao tempo exato, mas o que se sabe é que foi uma experiência de curta duração).

Entre tantas revoluções que marcaram a humanidade, algumas delas levaram a outras experiências socialistas, mais longas que a Comuna parisiense, como é o caso da Rússia e de Cuba, ambas no século 20. Cuba permanece sob ditadura socialista no século 21.

Seja em experiências democráticas, seja em experiências ditatoriais, o fato é que muitas revoluções trouxeram suas contribuições. Claro, as democracias possuem algumas características ditatoriais, assim como existem ditaduras com alguns aspectos democráticos.

Observando as experiências revolucionárias, o ponto mais negativo é seu ‘modus operandi’: a explosão de violência que leva a uma nova ordem. O filme alemão ‘Metrópolis’, de 1927, procura dizer que será bem melhor se pudermos resolver as questões com entendimento e “coração”. Sem violência.