
Na noite desta quarta-feira (8) reunidos em assembleia geral, bancários e bancárias da base do Sindicato dos Bancários de Santa Cruz do Sul e Região, rejeitaram – por unanimidade – a proposta da Fenaban. Também não aprovaram as propostas das negociações específicas do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal, que foram apresentadas, na terça-feira (7), em São Paulo.
Como deliberações da assembleia, a categoria propõe negociação para o dia 10 de agosto e greve a partir do dia 15 de agosto. Definiu-se também vestir preto nesta sexta-feira (10) e algumas agências vão retardar a abertura.
De acordo com o coordenador de comunicação do Sindibancários Cândido Castro Machado, as propostas aprovadas na assembleia de ontem, buscam não deixar que as negociações se aproximem do dia 31 de agosto, data que marca o fim do acordo coletivo da categoria. “Precisamos estar mobilizados para garantir nossos direitos. Tiramos o indicativo de greve para que possamos assegurar nossas conquistas e evitar retrocessos”, destacou.
Apesar do lucro de quase R$ 80 bilhões obtidos somente em 2017, os bancos ofereceram apenas a reposição da inflação para as verbas salariais da categoria (salários, vales, auxílios e PLR), sem aumento real, não garantindo, ainda, a manutenção de inúmeros direitos previstos na atual CCT.
A Fenaban reafirmou, também, que os bancos pretendem contratar terceirizados e adotar a Resolução 23 da CGPAR, medida do Governo Temer que aniquilará os planos de saúde dos bancários.
Proposta da Fenaban
• Acordo de 4 (quatro) anos;
• Possibilidade de contratação de bancários terceirizados;
• Reposição da inflação para as verbas salariais, sem aumento real;
• Retirada da cláusula da CCT que possibilita o abono/compensação dos dias de greve.
Proposta do BB
• Renovação da maioria dos itens do atual ACT;
• Reposição da inflação para as verbas salariais, sem aumento real;
• Possibilidade de descomissionamento após dois ciclos avaliatórios;
• Não houve proposta sobre intervalo de almoço e parcelamento de férias;
• Protocolo de Resolução de Conflitos pode não ser renovado.
Proposta da Caixa
• Sem garantia de pagamento da PLR Social;
• Sem garantia sobre incorporação da remuneração de função;
• Reposição da inflação para as verbas salariais, sem aumento real;
• Adoção da resolução 23 da CGPAR, que exclui os aposentados atuais e futuros do Saúde Caixa; elimina a contribuição por grupo familiar; e “quebra a solidariedade” (contribuição da mesma forma, independentemente do tempo de banco e idade);
• Não contemplou direitos previstos no atual ACT, tais como: horas extraordinárias, adicional de trabalho em horário noturno, PLR social, isenção de anuidade cartão de credito, juros do cheque especial diferenciado, tarifas em conta corrente, ausências permitidas, escala de férias, jornada de trabalho, saúde caixa, suplementação do auxílio doença (licença caixa), adicional de periculosidade e insalubridade, intervalo para descanso NR 17 homologação das rescisões, GT saúde caixa, GT saúde do trabalhador, negociação permanente, incentivo a elevação por escolaridade, Incorporação REB e GT contencioso Funcef.














