Início Geral Cidades vizinhas à Santa Cruz do Sul também sofreram com as enchentes

Cidades vizinhas à Santa Cruz do Sul também sofreram com as enchentes

A situação das cidades vizinhas de Sinimbu, Vera Cruz, Venâncio Aires, Rio Pardo, e também cidades do Vale do Taquari, igualmente como Santa Cruz do Sul estão enfrentando dias difíceis, incertezas e muitas perdas de vidas e de patrimônio. Os estragos vão gerar gastos na casa dos milhões de reais de prejuízo para o Estado.

As redes sociais começaram a mostrar a destruição, o sofrimento e os pedidos de ajuda logo no domingo,28, à noite. As prefeituras montaram gabinetes de crise para coordenar a ajuda, colocando seus servidores municipais, forças de segurança municipais, e muitos voluntários, para ajudar e socorrer as pessoas que ficavam desabrigadas. Essa cena repetiu-se por todo o Vale do Rio Pardo e Vale do Taquari durante toda a primeira semana de maio. E agora, desde a sexta-feira, 3, a tragédia climática repete-se na capital dos gaúchos e em toda a região metropolitana de Porto Alegre, onde cidades estão completamente alagadas, inclusive o Centro Histórico de Porto Alegre, e milhares de pessoas precisaram deixar suas casas.

A histórica Rio Pardo

O município que preserva seus símbolos da época imperial também teve perdas com o aumento dos rios pelos temporais que castigaram o Vale do Rio Pardo. A cidade perdeu a ponte da Várzea do Camargo, ponte que era parte da história por ser da época do império, e que fazia antigamente a ligação entre Rio Pardo a Cachoeira do Sul. A ponte foi levada pelo aumento e força das águas do Rio Pardo.

Ponte da época do Império é levada pela correnteza do Rio Pardo
Redes Sociais Dep. Edivilson Brum

Sinimbu

Uma das cidades do Vale do Rio Pardo que recebeu os primeiros indícios e enfrentou a catástrofe foi a vizinha Sinimbu, e por consequência o distrito de Santa Cruz do Sul, Rio Pardinho. As tempestades com chuva forte que caíram na cabeceira do rio Pardinho, em Sinimbu e nos municípios acima, inundaram a cidade, que ficou completamente destruída, sem água, sem luz, com dificuldades de comunicação, e totalmente ilhada. A prefeita Sandra Backes classificou o cenário como uma “área de guerra”. Comunidades do interior do município não conseguiram ser acessadas para levar socorro, pois caminhos foram destruídos e a comunicação foi cortada. Nessa segunda-feira, 6, ainda há localidades do interior do município que estão sem acesso.

Centro Administrativo de Sinimbu: cenário de guerra
Gustavo Mansur/Palácio Piratini

O pedido de ajuda, agora que a água baixou, é por ajuda para limpar a cidade. Estão precisando de água potável, água para limpeza, produtos e material de limpeza, pás, enxadas, carrinhos de mão, lanternas, pilhas, vela, fósforo, toalhas, roupas de cama e fronhas, além disso precisam de mão de obra para ajudar na limpeza.

Vera Cruz

Também a vizinha Vera Cruz vinha monitorando a situação, já que uma das entradas da cidade faz divisa com o bairro Bom Jesus, onde também fica o Lago Dourado, reserva que abastece Santa Cruz do Sul, e que recebe as águas da cabeceira do rio Pardinho. Com a enxurrada, a cabeceira da ponte que liga Vera Cruz a Santa Cruz, na ERS-409, foi danificada pela força da água, e como os outros dois acessos também estavam alagados deixaram o município ilhado.

Rapidamente, agentes municipais e voluntários, comandados pelo prefeito Gilson Becker, recuperaram os estragos, e conseguiram liberar o tráfego para carros leves e restabelecer um acesso para a cidade.

Buraco na pista de acesso que liga Vera Cruz a Santa Cruz
Redes Sociais

Venâncio Aires

O município vizinho igualmente enfrenta a maior enchente de sua história. O prefeito
Jarbas da Rosa vem usando as redes sociais da prefeitura para atualizar os venâncio-airenses dos trabalhos que estão sendo feitos, juntamente com a defesa civil municipal e órgãos de segurança, para socorrer e auxiliar a população. Segundo ele, Venâncio Aires está diante da maior enchente que teve, tanto na cidade, quanto em Vila Mariante.

As águas do rio Taquari, que passa as margens da rodovia RSC-287, em Vila Mariante, subiram tanto que quem passava de barco por baixo da ponte, conseguia tocar com a mão embaixo dela. Com esse volume de água, os moradores de Vila Mariante tiveram que ser todos retirados de suas casas. No dia 1º de maio, uma equipe de engenharia, e o Comando Rodoviário da Brigada Militar, estiveram no local inspecionando a ponte e, por segurança, decidiram interditá-la, sendo criado desvios alternativos para a segurança dos usuários.

Devido as chuvas e grandes perdas, a comissão organizadora da 17ª Fenachim decidiu pelo adiamento da festa com o sabor do Rio Grande, que foi definida para ocorrer de 1º a 11 de maio de 2025.