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Espiritismo XXXIII

Odilon S. Blank*

Após a morte, só se mantém reunidos os Espíritos que são iguais em progresso espiritual e muitas vezes os parentes e amigos da vida corporal separam-se pela barreira da desigualdade moral. Podem ver-se de tempos em tempos mais só permanecerão juntos, quando em igualdade de evolução, que os tornará afins.
No plano espiritual é maior e mais forte o laço que prende os Espíritos afins, pois livres do corpo material estão isentos das paixões, ligando-se apenas pela simpatia.
Entre os espíritos menos evoluídos, ainda subsiste os ódios e as inimizades e os inimigos na vida material conservam muitas vezes sua antipatia pelos antigos desafetos.
Os bons perdoam os maus atos contra eles praticados, mas os maus conservam lembranças de ódio e muitas vezes procuram vingar-se dos que os prejudicassem no passado.
As afeições de ordem puramente físicas desaparecem no plano espiritual, restando apenas as de verdadeira simpatia.
Quando mais evoluídas, mais unidas são as diversas categorias de Espíritos.
À medida que evolui, um Espírito já não simpatiza, como dantes, com os que estacionaram a baixo.
Após evoluir um tanto, o Espírito, ao recordar-se de suas existências como homem, muitas vezes ri-se penalizado de si mesmo, ao lembrar de seus Eros e tolices cometidas na vida física, tal qual o homem que chegado à maturidade ri de suas loucuras de moço ou das puerilidades da meninice.
A lembrança da existência material surge gradualmente, à medida que o Espírito nela fixa a sua atenção. Lembra-se das coisas conforme a importância causada em sua vida e as consequências dela advindas, não se importando com fatos sem importância, sucedidos na existência material. Aos poucos vai compreendendo melhor o objetivo da vida material, do que quando na vida corpórea, vendo a necessidade de melhorar-se para alçar-se ao infinito.
(continua)