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Há um ano, Lago Dourado sofria com a seca

Estiagem que atingiu a região fez a água do reservatório chegar ao seu menor nível, causando preocupação aos santa-cruzenses

Ricardo Gais
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Lago Dourado em março de 2020. – Fotos: Ricardo Gais

Nos primeiros meses do ano passado, os santa-cruzenses estavam vivendo dias de apreensão, pois o racionamento de água podia virar realidade no Município. Isso porque o Lago Dourado, principal fonte de água da cidade, estava sofrendo os impactos da seca, que atingia o Vale do Rio Pardo. A situação mais crítica foi registrada em maio, quando seu nível chegou a 30%, com capacidade para fornecer água para os santa-cruzenses por apenas mais um mês. No entanto, a Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) remanejou água do Rio Pardinho e o clima com fortes chuvas colaborou para que o lago voltasse a ter vasão.

Com o nível de água baixo surgiram os bancos de areia em toda extensão do lago, o que na época causou um cenário nada comum para quem conhece o local. Mas um ano depois, como está a realidade do Lago Dourado?

Segundo o superintendente regional da Corsan, José Roberto Epstein, o lago já está com seu nível de água recuperado e até um pouco acima do normal. “Hoje, ele está com cinco metros, mas seu nível de operação normal é 4,88 metros. Estamos com 12 centímetros acima do nível”, disse.

Lago Dourado em março de 2021



No ano passado, o trabalho para recuperação do lago foi intenso. Epstein comenta que para encher o local em meio a uma estiagem foram adotadas práticas de adição no recalque antigo de captação de água do Rio Pardinho, atingido uma vazão de 50% para manter o abastecimento da cidade, direto do rio. Com isso, o Lado Dourado pôde ter tempo para se recuperar e atingir o nível de 4,80 metros, ou seja, praticamente recuperado. “Depois da recuperação, o nível do lago não baixou mais, inclusive, no auge da estiagem não estivemos abaixo do nível normal do reservatório”, sublinhou.

Atualmente, metade da água que abastece Santa Cruz vem do Lago Dourando e a outra metade do Rio Pardinho. “Quando o lago está acima dos 4,80 metros apenas usamos a água dele”, comenta Epstein.

O superintendente lembra que para melhorar o fornecimento de água no Município estão ocorrendo os testes operacionais do sistema localizado no Bairro Santo Antônio, no novo reservatório e estação de bombeamento. “Teremos até metade do ano a entrega da adutora nova que traz água para tratamento, e daqui a 10 dias abrem as propostas para licitação da nova Estação de Tratamento de Água (ETA) no valor de R$ 38 milhões”, lembrou.

Epstein também relatou que a Corsan está em tratativas com a Prefeitura Municipal para a realização de uma série de obras, mas que os projetos ainda estão em tramitação.