Início Geral “Vamos construir a Santa Cruz do futuro”, afirma Helena Hermany

“Vamos construir a Santa Cruz do futuro”, afirma Helena Hermany

Vinda de novas empresas para Santa Cruz do Sul irá proporcionar vagas de emprego e acréscimo na economia local

Ricardo Gais
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Sara Rohde
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Prefeita destaca geração de emprego e economia para o Município. – Foto: Divulgação Secom

Com a crise provocada pela pandemia de Covid-19, o setor econômico de muitos municípios enfraqueceu, causando o fechamento de empresas, e como consequência, o desemprego. Em Santa Cruz do Sul, o ano de 2021 começou com novidades no setor econômico, inclusive a vinda de novas empresas para a cidade, que irão gerar mais de 600 empregos diretos e indiretos. Para falar sobre esses investimentos, o Riovale Jornal contatou a prefeita Helena Hermany, que através de entrevista destacou fatores que estão contribuindo para o desenvolvimento da cidade. Confira:

Riovale Jornal: Desde que você assumiu a administração do Município, quantas empresas e quais decidiram apostar em Santa Cruz?

Helena Hermany:
Em quatro meses de governo, quatro novas empresas decidiram se instalar no Município, enquanto outras cinco estão se expandindo. Podemos citar a empresa espanhola Sacyr, que irá assumir a concessão da RSC-287 e vai instalar sua sede administrativa em Santa Cruz, com previsão de pelo menos 200 empregos para a cidade. Outro exemplo é a abertura de uma unidade da marca Desco Super&Atacado, do Grupo Imec, em um investimento de R$ 26 milhões. Isso é sinal que Santa Cruz do Sul é um polo regional, uma cidade com uma infraestrutura reconhecida por todos, bem localizada, hotéis e restaurantes de qualidade. E agora conta também com uma das políticas de atração de empresas mais modernas do Estado.

Riovale: Diante do grande número de desempregados no Brasil devido à pandemia, qual a expectativa com a geração de novos empregos?

Helena: Apenas com as novas empresas que vão se instalar na cidade, além das expansões, já estamos prevendo pelo menos 600 novos empregos. Mas acreditamos que ao longo do ano outros empreendimentos virão para Santa Cruz. Temos conversas avançadas com empresas de diversos setores.

Riovale: Com a vinda de novas empresas, existe a arrecadação de impostos para a economia do Município, qual a expectativa do desenvolvimento de Santa Cruz?

Helena:
Por meio das projeções apresentadas pelas empresas que vêm se instalar, acredita-se que as quatro novas já acrescentem no mínimo R$ 10 milhões nos cofres públicos a mais por ano. São recursos para melhorar ainda mais a nossa infraestrutura. E ainda precisamos falar da geração de empregos, com aumento na renda de muitas famílias. Isso é mais consumo também no comércio local e nos serviços. Toda uma sequência de fatores positivos que irão desenvolver cada vez mais o Município. E sempre digo que o desenvolvimento econômico e o social andam juntos. Quando um cresce, o outro também.

Riovale: Por que investir em Santa Cruz e qual incentivo que a Prefeitura oferece?

Helena: Mão de obra qualificada, estrutura da cidade como segurança, saúde, educação, hotelaria, serviços de excelência, posição estratégica e os benefícios da nova lei de incentivo Desenvolve Santa Cruz. Aliás, essa é uma das políticas mais agressivas de atração de empresas da história da cidade. Nos últimos anos perdemos empresas para Vera Cruz, Venâncio Aires e Rio Pardo. Este projeto estipula a política de incentivos às empresas industriais, comerciais e prestadoras de serviços, reequilibrando a região. A pandemia vai passar e esta lei prepara Santa Cruz para o futuro. A partir de agora, a Prefeitura pode conceder incentivos fiscais, tributários e financeiros a empresas industriais, comerciais e de serviços que vierem a se instalar e, ou expandir suas atividades em Santa Cruz do Sul, desde que fique comprovada a geração de emprego e renda e a importância econômica para o Município.

Um dos principais incentivos é a possibilidade de retorno de parte do ICMS agregado ao Município. Dentre os benefícios previstos na lei também está a isenção de até 100% de tributos como IPTU, ISSQN e taxa de licença para localização de estabelecimentos industriais, comerciais ou prestadores de serviços, em prazos que podem variar de cinco a 15 anos. Além dessas vantagens, o Município poderá subsidiar serviços e obras de infraestrutura necessárias a instalação de novas empresas ou expansão das já sediadas, como terraplenagem, abertura e melhoria de acessos, canalização, nivelamento de terrenos, fabricação de canos e pavimentação e transporte de materiais. A título de incentivo, o Município também poderá locar prédios ou pavilhões para cessão às empresas, podendo assumir o ônus por um período de 12 meses.

Riovale: Como estão sendo prospectadas as buscas dos novos empreendimentos?

Helena: As empresas de grande porte são prospectadas por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Turismo. Além disso, temos equipes monitorando a todo momento possibilidades de investimentos. Também pretendemos fazer concessões e parcerias com a iniciativa privada em locais como o Parque da Gruta, Parque de Eventos, Parque da Cruz, Autódromo e Bierhaus.

Riovale: Quanto impacta na diversificação econômica esses novos empreendimentos para Santa Cruz?

Helena:
Impacta em muito. Estamos diversificando cada vez mais a economia da cidade, atraindo empresas de diferentes setores e serviços. Depois dos cem primeiros dias de governo, onde tivemos algumas dificuldades por causa do agravamento da pandemia e das enxurradas, agora vamos construir a Santa Cruz do futuro.