Ricardo Gais
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A chegada dos dias frios e chuvosos reacendem o alerta para a prevenção da saúde dos pets, que assim como ser humano, são suscetíveis a se contaminarem com os vírus comuns da estação. Para evitar essa situação, é importante que as vacinas anuais estejam em dia, inclusive a alimentação, que deve ser adequada conforme o porte do animal.
Segundo a médica veterinária, com especialização clínica e cirúrgica de felinos, da Clínica Vitalis, Tamara Rocha de Moraes, a vacina anual tanto para cães e gatos cobre várias doenças respiratórias frequentes nesta época do ano, por isso é de suma importância manter a imunização dos animais em dia, especificamente nos cães com a vacina bronchi que protege contra a bactéria Bordetella, que causa tosse nos animais. “Essa vacina é recomenda principalmente para aqueles cães que o dono leva para passear, para hotéis, clínicas veterinárias para banho e tosa, por isso precisam estar com toda vacinação em dia”, afirma a veterinária.
A médica explica que existem raças de cães que não sentem tanto frio, por isso não há necessidade de colocar roupas, como um Golden Retriever, por exemplo. Já animais menores, como pinscher, chihuahua, linguicinhas, com pelo curto, e os animais idosos é necessária alguma vestimenta confortável. “É importante evitar a chuva e cuidar dos animais com idade avançada, pois eles são mais vulneráveis a problemas cardíacos e respiratórios. Esta é a época que mais recebemos animais tossindo”. Nos gatos, a veterinária conta que as doenças mais comuns relacionas ao respiratório são os vírus rinossinusite e rinotraqueíte.
Ainda sobre os cães, Tamara sublinha que existem doenças infecto contagiosas que são mais comuns com a mudança de temperatura, como a cinomose, que pode causar problemas respiratórios, gastrointestinal e neurológicos. “Em épocas de chuva, aumenta a incidência de leptospirose”, pontua.
O Município enfrenta uma infestação do mosquito Aedes aegypti, causador da dengue. A veterinária esclarece que os pets não correm risco de contraírem a doença. “A doença afeta mais os macacos, que são os nossos sentinelas, mas ele não é o culpado pela doença”, frisa a médica.
ALIMENTAÇÃO
Em função de manter a temperatura do corpo no inverno, os pets precisam de 20% a mais alimentação calórica energética. Conforme a veterinária, trata-se de uma mudança na alimentação que deve ser feita no inverno, diferente do verão. “O cachorro que está dentro do peso ideal, meio gordinho, não se muda a alimentação, mas aquele que não está dentro do peso ideal existe a necessidade de aumentar a quantidade de ração, só não pode exagerar”, alerta.
O incentivo em consumir mais líquido também é importante, pois assim como o ser humano, a vontade de beber água diminui. “Os animais esquecem de ingerir água, principalmente os gatos, por isso indico colocar mais potes com água pela casa, principalmente onde ele costuma dormir. Pode ser utilizado o alimento úmido, como sachê, dentro de uma medida razoável, conforme o tamanho do animal”, sublinha.
COVID-19
Conforme a veterinária, os cães não contraem o a Covid-19, eles podem ficar com o vírus presente no pelo e na mucosa, porque o vírus sobrevive mais tempo na temperatura corpo deles. “Os cachorros não replicam o coronavírus”, pontua. “Se o dono do animal estiver positivo, ambos devem ficar isolados e não se deve mandar o animal para clínicas veterinárias”, disse. Já os felinos podem contrair a doença e apresenta sinais leves, “não há confirmação de quadros clínicos graves. “Também não há comprovação de que o gato transmite o vírus. Ele pega do ser humano, mas não transmite para outros gatos e nem para outro humano”, sublinha.
Sobre uma vacinação contra o novo coronavírus nos pets, a veterinária acredita que não seja algo necessário para o momento, visto que os animais não apresentam sinais graves da doença. “Os donos precisam dar atenção para as vacinas anuais que precisam ser feitas e não deixar atrasá-las”, destaca.
Em animais idosos é normal que comece a aparecer sinais de artrite e artrose durante o frio, é uma doença silenciosa, por isso a veterinária salienta que é preciso observar como o animal caminha e se ele dorme demais. “Assim será necessário levá-lo para algum veterinário para analisar a situação e receber a medicação e orientações necessárias”, finaliza Tamara.
