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Momento é de alerta em relação à velocidade de contaminação pela Covid-19

Ricardo Gais
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Foto: Rolf Steinhaus/Arquivo Riovale Jornal

O boletim epidemiológico da Secretaria de Saúde de Santa Cruz do Sul, assinado pelo médico Luciano Nunes Duro, aponta que o momento segue sendo de alerta em relação à velocidade de contaminação pelo Covid-19, considerando o aumento das ocupações dos leitos hospitalares. “O número de óbitos está se mantendo em patamares de antes da piora de março, o que é um bom marcador. Muito tem-se falado na possibilidade real e dramática de uma terceira onda de contaminação, pois no caso de vir acontecer, já partiríamos de um patamar acima dos anteriores à segunda onda”, cita o documento.

O médico escreveu no boletim que apesar de alguns números apresentarem melhora, se comparados com os de março/abril, medidas restritivas deverão ser tomadas em breve, para não vivenciarmos um cenário dramático vivido nos meses anteriores. “Entendo que, com as reavaliações no formato do distanciamento controlado, precisamos manter o período de observação do comportamento dos indicadores, pois pode ser interpretado como um afrouxamento pela população, refletindo-se numa piora dos números nas próximas semanas”.

No Município, o médico aponta que as restrições impostas pelo Estado e Administração Municipal contribuíram para a diminuição da circulação do vírus e que uma cobertura vacinal adequada ou regular podem ajudar ainda mais nessa diminuição. “Pelos dados do setor de imunizações da Secretaria de Saúde, chegamos aos 32% de cobertura da primeira dose e 15% da segunda. Com a promessa de uma regularidade e aumento na distribuição das vacinas, poderemos ter mais segurança para aumentar as flexibilizações”, escreveu.

“A nossa região apresenta redução na incidência acumulada semanal de casos de 22,1%, mas precisamos permanecer muito alertas para as flutuações nos próximos dias e semanas, antes de podermos entender que a flexibilização possa ser feita de forma segura para a população. Entendo que isso só será possível quando tivermos constância na redução dos casos positivos com estabilidade na ocupação dos leitos próximo aos 80% ou proximidade da cobertura vacinal de 70%”, cita o boletim.