Início Geral Operação Parador 27 combate a exploração sexual de jovens

Operação Parador 27 combate a exploração sexual de jovens

Divulgação/RJ
Atividades se integraram à Operação Parador 27, que fomenta ações em alusão ao Maio Amarelo

Foi deflagrada na quinta-feira, 5, uma força-tarefa para prevenir e combater a exploração sexual de crianças e jovens no Rio Grande do Sul. Com participação de órgãos da Secretaria da Segurança Pública e do governo federal, e apoio do Ministério Público Estadual e do Poder Judiciário, foram realizadas fiscalizações e abordagens em sete pontos de Porto Alegre. Outros 67 municípios do interior também desenvolveram ações integradas.


No primeiro alvo vistoriado pelas forças policiais em Porto Alegre, um foragido foi capturado, além de um homem preso e um adolescente apreendido em ações anteriores ligadas à iniciativa. Outro homem foi detido no município de Sertão Santana. Na Capital, entre efetivos da Brigada Militar, da Polícia Civil, do Corpo de Bombeiros Militar e da Polícia Rodoviária Federal, com apoio de órgãos do município, foram mobilizados 58 agentes e 14 viaturas nos trabalhos.


As atividades dessa quinta se integraram à Operação Parador 27, coordenada pelo Ministério da Justiça e da Segurança Pública para fomentar, em todos os Estados, a realização de ações em alusão ao Maio Laranja, mês dedicado ao alerta da sociedade sobre o combate à exploração sexual infanto-juvenil. A Polícia Civil liderou a iniciativa com efetivos de 16 Delegacias de Proteção à Criança e ao Adolescente, sendo três de Porto Alegre e as demais de Canoas, Santa Maria, Caxias do Sul, Passo Fundo, Rio Grande, Santo Ângelo, Santa Cruz do Sul, Pelotas, Vacaria, Uruguaiana, São Luiz Gonzaga, Carazinho e Cachoeira do Sul.


Também participaram 13 Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher, dos municípios de Alvorada, Gravataí, Novo Hamburgo, Viamão, Cruz Alta, Bento Gonçalves, Bagé, Santa Rosa, Erechim, Lajeado, Ijuí, São Leopoldo e Montenegro. Nas demais cidades foram destacados os efetivos dos Departamentos de Polícia Metropolitana e do Interior. Forças de segurança locais apoiaram a ação integrada.


Na Capital, os operadores de todas as instituições participantes se reuniram no início da tarde na sede da Divisão Especial da Criança e do Adolescente, vinculada ao Departamento de Proteção a Grupos Vulneráveis da Polícia Civil, para dar início às atividades. Com participação da Corregedoria do Tribunal de Justiça e do Centro de Apoio Operacional da Infância, Juventude, Educação, Família e Sucessões do Ministério Público, a ofensiva visa fortalecer a cooperação entre os atores da rede de proteção à infância e o aperfeiçoamento do fluxo de contato entre pontos focais das instituições, para acelerar o atendimento às vítimas e os processos investigativos.


Conforme dados do Observatório Estadual da Segurança Pública, o número de ocorrências de abusos contra vítimas de 0 a 17 anos no Estado subiu 2% em 2021, na comparação com o ano anterior, de 3.249 casos para 3.305. A alta reforça a necessidade de ações para coibir esse tipo de crime, bem como resgatar vítimas que possam estar sofrendo abusos, além da conscientização dos gaúchos para denunciar qualquer suspeita de exploração de crianças e jovens.

SANTA CRUZ

A Delegacia de Polícia de Proteção à Criança e ao Adolescente de Santa Cruz do Sul realizou ações relativas à operação. “Averiguamos denúncias que, felizmente, não se confirmaram. Intimamos pessoas através de procedimentos que estamos investigando e que são relativos ao estupro de vulnerável, enfim, toda a forma de abuso sexual infanto-juvenil foi alvo de ações na quinta-feira por parte da Polícia Civil. Nós contribuímos efetuando diligências relacionadas aos procedimentos que estão em andamento em Santa Cruz. Foram localizadas três adolescentes que estavam desaparecidas, uma delas no Estado de Santa Catarina. Fizemos ações de contato para que ela retornasse para Santa Cruz do Sul e agora está protegida junto com a mãe. Havia suspeita de que estava sendo explorada, mas, felizmente, não se confirmou. A operação terá duração de mais duas semanas e seguimos este trabalho”, relatou a delegada Lisandra de Castro de Carvalho, titular da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher.