Início Geral Prejuízo:Defesa Civil calcula os estragos causados por vendaval

Prejuízo:Defesa Civil calcula os estragos causados por vendaval

Diego Dettenborn – [email protected]

 

Ainda não deu tempo para contabilizar os prejuízos em solo santa-cruzense após a chuva que caiu de forma intensa no começo da semana passada e o vendaval que atingiu a cidade na última sexta-feira, 15 de novembro. Árvores foram arrancadas, placas caíram, postes tombaram e dezenas de casas tiveram que receber auxílio, uma vez que o vento tenha arrancada telhas, danificando e comprometendo a estrutura dessas residências. A Defesa Civil do Município aguarda o balanço das secretarias para então encaminhar um relatório ao governo municipal que poderá, ou não, dar continuidade na situação de estado de emergência do município. 

Ainda na segunda-feira, 11 de novembro toda a região do Vale do Rio Pardo foi atingida por forte chuva. Naquela ocasião o que mais preocupou a Defesa Civil do município foi a intensidade da chuva e o nível do Rio Pardinho, que acabou transbordando e mandando cerca de 10 famílias para fora de suas casas. Aos poucos, durante a semana essas famílias voltaram para suas casas, frente ao calor e a constante baixa das águas do Riopardinho. 

Na sexta-feira, o que parecia já não mais preocupar, atingiu com toda força Santa Cruz do Sul. Os ventos por aqui chegaram a atingir a velocidade de 100 km/h, deixando um verdadeiro rastro de destruição. “Ainda estávamos contabilizando os prejuízos, fazendo um balanço ainda do primeiro evento que ocorreu no dia 11 quando fomos surpreendidos novamente pelo evento da sexta-feira. Este último evento foi um vendaval, seguido de chuva, mas a chuva foi com menos intensidade, em compensação o vento chegou a 100 km/h. Houve um dano muito significativo na questão de destelhamento, derrubada de árvore e poste de iluminação pública. Atingiu o lado sul do nosso município, pegando o bairro várzea, bairro dona Carlota, progresso, Rincão São José da reserva e o Parque de Eventos”, comentou o Coordenador da Defesa Civil de Santa Cruz do Sul, José Joaquim Dias Barbosa.

 




Semáforo acabou entortando após vendaval da última sexta-feira

 

 

Entenda a forma de trabalho da Defesa Civil

 

Após prever a possibilidade de um evento (chuva forte, vento, granizo) a Defesa Civil já coloca a equipe em prontidão. Constatado o evento começa então o trabalho de direcionar as equipes conforme as solicitações. Segundo Barbosa na última sexta-feira, dada a intensidade do vendaval não foi possível atender todas as ocorrências. “Foi tanta a procura que congestionou nossas linhas. Em alguns casos não conseguimos entender onde era a localidade, portanto talvez algumas pessoas ficaram sem atendimento”, revela.

 



Barbosa: “Fomos surpreendidos novamente pelo evento da sexta-feira”


 



Fachada do estabelecimento comercial ficou completamente destruída


 

“Fizemos o atendimento de imediato que é a distribuição de lonas em conjunto com o corpo de bombeiros que ainda além de distribuir a lona tem a capacidade de colocar na residência, pois o pessoal é mais técnico”.

Em um segundo momento a Defesa Civil faz a distribuição de telhas dentro do que é estabelecido no que diz respeito ao grupo que se encaixa a pessoa que irá receber o auxílio. “A pessoa que recebe no máximo um salário mínimo e que tenha a residência coberta pela telha de quatro milímetros que é padronizada pela Defesa Civil, está apta para receber o material”, conclui Barbosa. 

O coordenador da Defesa Civil ainda explica quais os fatores que caracterizam uma situação de emergência. “É quando a funcionalidade regular de uma atividade é interrompida por algum evento, ou chuva, ou vendaval ou granizo. Foi o que ocorreu agora, quando várias localidades foram atingidas ainda pelo primeiro evento. Tivemos granizo, vendaval, chuva e deslizamento, quatro eventos em 24 horas”.

 

 

 



Árvore foi arrancada na raiz pelo forte vento

 

 

 

Fotos Diego Dettenborn