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Processo contra Crestani está suspenso

Comissão decidiu paralisar as investigações como precaução ao Covid-19

Grasiel Grasel
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Divulgação

Na segunda-feira, 23, a Comissão Parlamentar Processante (CPP) que investiga supostas irregularidades apontadas pelo Ministério Público (MP) contra o vereador Alceu Crestani (PSDB) decidiu suspender suas atividades. O motivo, segundo o presidente da comissão, seria garantir a saúde dos envolvidos em decorrência do novo coronavírus. Os membros da CPP que apura o caso de Elo Schneiders (Solidariedade), outro vereador denunciado pelo MP, devem decidir amanhã se seguem o mesmo caminho.
O comunicado foi emitido pelo presidente da CPP que investiga Crestani, o vereador Zé Abreu (PTB), e divulgado através do setor jurídico da câmara. Segundo Abreu, a comissão vinha trabalhando normalmente no caso e havia recebido recentemente os materiais da defesa, no entanto, como o presidente da Câmara, Elstor Desbessel, decidiu fechar os gabinetes, os membros decidiram notificar a defesa do vereador tucano para que acolhesse o pedido de paralização dos trabalhos. A suspensão é válida por 30 dias
Procurado, o presidente da comissão que apura as acusações contra Elo Schneiders, Gerson Trevisan (PSDB), informou que os membros aguardam um parecer da defesa do vereador do SD a respeito da possibilidade de suspender suas atividades.
A Câmara de Vereadores aprovou o pedido de instalação das CPPs contra os acusados em 26 de fevereiro, em votações separadas. Na mesma sessão, os membros das comissões foram escolhidos e, na semana seguinte, iniciaram os processos de investigação contra ambos.
Alceu Crestani é acusado pelo Ministério Público pelos crimes de concussão e peculato, ambos cometidos através da prática da chamada “rachadinha”, na qual parte do salário de seus assessores é recolhido para benefício próprio, e por ter supostamente mantido um assessor fantasma em Monte Alverne. Já Elo Schneiders responde igualmente por concussão e peculato, mas também por organização criminosa, pois outras três pessoas são acusadas no mesmo caso que envolve suposta utilização de veículos da prefeitura em atividades particulares.