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Reduz número de acidentes nos trevos de acesso a Santa Cruz do Sul

Desde que ocorreram mudanças no viaduto Fritz e Frida, trevo do Kaempf e rotatória do Gaúcho Diesel fluxo segue com mais segurança

Luciana Mandler
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Na região do Trevo Kaempf, que hoje tem sinaleira, registrou 16 acidentes em 2015. Cinco anos depois foram 11 registros. – Foto: Rolf Steinhaus

Nos últimos anos, o trânsito de Santa Cruz do Sul passou por algumas mudanças para atender a demanda do fluxo de veículos, bem como pensando em reduzir o número de acidentes. Não foi diferente numa das principais rodovias da cidade: a RSC-287 que, em uma ponta liga o Município com Vera Cruz, e na outra com Venâncio Aires.

Entre os quilômetros 99/100 ao 105, o trajeto conta com um viaduto, um trevo com semáforo e uma rotatória. Em 2018, o viaduto Fritz e Frida foi inaugurado, trazendo mais segurança para o local. Inclusive, de lá para cá apresentou redução de acidentes. Em 2015, a 2ª Companhia Rodoviária da Brigada Militar, que tem no 1º Grupo Rodoviário de Santa Cruz do Sul a responsabilidade do trecho, registrou 17 acidentes, sendo 14 com danos e três com lesões. Em 2018, quando foi inaugurado o viaduto, houve oito colisões. Cinco anos depois, foram registrados três acidentes com lesões. Neste ano, até o momento, nenhum acidente foi registrado.

Conforme o comandante da 2ª Companhia Rodoviária, capitão Silvio Erasmo Souza da Silva, as estatísticas mostram que vem ocorrendo declínio nas ocorrências. “Somente pelo fato de ser suprimida a passagem no trevo pela pista central (não se ter mais como “cortar a frente” um do outro no cruzamento – veículos que cruzavam Venâncio Aires/ Vera Cruz, sem parar em Santa Cruz do Sul) já facilitou para que houvesse uma redução nos acidentes”, explica.

O capitão salienta ainda que logo na implementação do viaduto ocorreram alguns acidentes devido ao desconhecimento das pessoas sobre o local, “até mesmo as pessoas que estavam utilizando GPS e este não tinha uma rota precisa, porque os mapas não estavam atualizados, e por vezes acabavam se perdendo”, aponta. “Com o incremento de uma melhoria na sinalização e o conhecimento geral, bem como o uso mais frequente, os usuários acabaram se adaptando”, acrescenta.

RÓTULA GAÚCHO DIESEL

Outro ponto que teve alteração em 2019 e trouxe melhor condição de trafegabilidade é a rotatória do Gaúcho Diesel. Em 2015, no local foram registrados quatro acidentes com danos. Em 2020, cinco anos depois, a rótula registrou apenas uma ocorrência desse tipo. Neste ano, até o momento não há nenhum registro.

“Nesse trecho podemos observar a redução da acidentalidade, em virtude de ter sido suprimida a pista central para passagem dos veículos (no sentido Santa Cruz do Sul a Vera Cruz e vice-versa), assim como ocorreu no trevo Fritz e Fritz, antes do início da construção do viaduto”, esclarece.

TREVO DO KAEMPF

O trevo do Kaempf – que dá acesso a Sinimbu/ Unisc, também na RSC-287, que conta com semáforo desde 2018, em 2015 registrou 16 acidentes, enquanto que cinco anos depois, em 2020, registrou 11. Já neste ano, nenhum acidente foi registrado pelo Grupo Rodoviário de Santa Cruz. Nesse local, o capitão Silva explica que, embora tenha sido instalados semáforos, observa-se num primeiro momento que não houve muitas mudanças, porém, este ano, não se registrou nenhum acidente até então.

“Também não se notou uma redução de acidente entre os anos, tendo em vista que os semáforos ocasionam a parada total dos veículos sobre a pista central, sendo que na maioria das vezes o condutor que vem atrás, desatento, não consegue a frenagem em tempo e ocasiona o choque entre os veículos, por vezes até gerando um engavetamento”, reflete.

PARA REDUZIR ACIDENTES

Além das mudanças realizadas nos trevos com passagem central na RSC-287, a ação do Grupo Rodoviário de Santa Cruz é fundamental para que se reduza o número de acidentes. Segundo o capitão Silva, as ações de fiscalização são rotineiras, assim como são direcionadas aos horários e locais com mais índices de acidentalidade, visando dar ostensividade para as ações de polícia, a fim de coibir as imprudências realizadas pelos condutores.

“Nosso trabalho é tentar transmitir a sensação de segurança aos usuários, bem como dar um atendimento e orientações aos mesmos, auxiliar de uma maneira ampla a todos que transitam nas rodovias de modo que as demandas da sociedade sejam atendidas”, finaliza.

OS NÚMEROS

RSC-287 (KM 99-100) trevo Fritz e Frida, agora viaduto
2015: 14 com danos – 3 com lesões = 17 acidentes
2016: 8 com danos – 2 com lesões = 10 acidentes
2017: 4 com danos – 2 com lesões = 6 acidentes
2018: 4 com danos – 3 com lesões – 1 com morte = 8 acidentes
2019: 4 com danos – 3 com lesões = 7 acidentes
2020: 3 com lesões = 3 acidentes
2021: até o momento nenhum acidente registrado

RSC-287 (KM 103-104) Trevo do Kaempf (acesso Sinimbu/ Unisc, agora com semáforos)
2015: 10 com danos – 5 com lesões – 1 com morte = 16 acidentes
2016: 4 com danos – 5 com lesões – 1 com morte = 10 acidentes
2017: 4 com danos – 6 com lesões – 1 com morte = 11 acidentes
2018: 4 com danos – 7 com lesões = 11 acidentes
2019: 5 com danos – 6 com lesões = 11 acidentes
2020: 5 com danos – 5 com lesões – 1 com morte = 11 acidentes
2021: até o momento nenhum acidente registrado

RSC-287 (KM 105) Trevo de acesso a Rio Pardo/ BR-471 – Gaúcho Diesel
2015: 3 com danos – 1 com lesões = 4 acidentes
2016: 2 com danos – 2 com lesões = 2 acidentes
2017: 1 com danos – 4 com lesões = 5 acidentes
2018: 3 com danos – 1 com lesões = 4 acidentes
2019: 1 com danos = 1 acidentes
2020: 1 com danos = 1 acidentes
2021: até o momento nenhum acidente registrado
(Dados: CRBM)