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Vitiligo: entenda o que é e como tratar

Doença tem data para marcar sobre a conscientização e combate ao preconceito

Luciana Mandler
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O vitiligo é uma doença de pele crônica e progressiva, de causa desconhecida, provavelmente autoimune, em que ocorre a perda do pigmento cutâneo devido à morte dos melanócitos. A doença afeta de 1 a 2% da população.

Embora a maioria das pessoas acredite saber o que é a doença, poucos sabem. Ainda há mitos que precisam ser quebrados para que aquelas pessoas que tenham vitiligo possam levar uma vida normal, livre de preconceitos. E é por isso, que o Dia Mundial do Vitiligo foi criado em 2011 pelas Nações Unidas e o dia 25 de junho foi o escolhido. A data visa aumentar a conscientização sobre a doença, combater o preconceito e arrecadar fundos para pesquisa, apoio e educação.

Ainda há quem acredite que “vitiligo é contagioso”, que “o estresse pode piorar as crises”, e ainda, que “quem tem vitiligo não pode engravidar”. Esses são alguns dos mitos sobre a doença, conforme aponta a dermatologista Carla Dopke.

Segundo a médica, a causa da doença ainda não está bem esclarecida, mas há associação com algumas doenças autoimu-nes, como tireoidopatias e diabetes. “As lesões ocorrem devido à redução ou ausência dos melanócitos (células que produzem a coloração da pele) nos locais afetados”, explica. Ainda segundo a dermatologista não há nenhum outro sintoma associ-ado, além da descoloração da pele, barba ou cabelos.

A maioria dos casos ocorre até a idade de adulto jovem – em torno de 60% dos casos, até os 20 anos de idade, conforme a médica.

Doutora Carla Dopke (Crédito: Divulgação)

TIPOS

Há dois tipos de vitiligo: não segmentar ou bilateral e segmentar ou unilateral. De acordo com a dermatologista, o tipo mais comum é o não segmentar ou bilateral, “que é quando a despigmentação ocorre nos dois lados do corpo e geralmente nas extremidades (mãos/pés) ou periorificiais (nariz e boca)”, aponta. Já o tipo menos comum é o segmentar ou unilateral, “que é onde as manchas podem ser maiores e ficarem em apenas um lado do corpo”, sublinha doutora Carla.

A profissional esclarece que não há como prevenir o vitiligo, pois é uma doença com predisposição genética. “Aproximadamente 20% dos pacientes com vitiligo têm algum parente de primeiro grau com a doença também”, destaca.

TRATAMENTO

O tratamento para vitiligo tem o objetivo de reduzir a progressão das manchas acrômicas. “Podem ser usados corticoides tópicos ou sistêmicos, imunomoduladores, psoralênicos, fototerapia e até mesmo transplante de melanócitos em lesões já estabilizadas”, finaliza.