Início Especiais Cadeia produtiva do tabaco firma compromisso inédito para reforçar a preservação

Cadeia produtiva do tabaco firma compromisso inédito para reforçar a preservação

A partir de 2012, a preservação da Mata Atlântica passou a ser reforçada pela cadeia produtiva do tabaco. Representantes do setor assinaram no dia 22 de agosto de 2011, em Porto Alegre, um Termo de compromisso e um Acordo de Cooperação Técnica inéditos com o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) e o Ministério do Meio Ambiente.
A solenidade aconteceu no Salão Duque de Caxias do Hotel Everest (Rua Duque de Caxias, 1357). Representantes do SindiTabaco  (Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco), empresas associadas e a Afubra (Associação dos Fumicultores do Brasil) estiveram presentes no evento. O presidente do Ibama, Curt Trennepohl, e o Superintendente do Ibama no Rio Grande do Sul, João Pessoa Riograndense Moreira Junior, participaram da assinatura de dois documentos: um Acordo de Cooperação Técnica e um Termo de Compromisso, ambos com ações com ênfase no desenvolvimento sustentável do setor de tabaco e à preservação da Mata Atlântica.
“Este é um momento histórico para todos os envolvidos, pois se trata de um canal de diálogo inédito entre setor produtivo e um órgão público. Estes compromissos vêm ao encontro da premissa que o setor do tabaco tem seguido há muitos anos: a produção sustentável. Além disso, o mercado internacional exige hoje um produto que esteja de acordo com as questões relacionadas à responsabilidade social e preservação ambiental”, afirma Iro Schünke, presidente do SindiTabaco. Schünke também participou da solenidade.

Arquivo/RJ

Representantes do setor assinaram acordo com o Ibama e o Ministério do Meio Ambiente

Termo de Compromisso
O objetivo principal do termo é a prática de ações de desenvolvimento sustentável, de conservação e de combate ao desmatamento a serem empreendidas no bioma Mata Atlântica por intermédio do Ibama. Entre os compromissos da cadeia produtiva do tabaco estão:
• Exigência contratual dos produtores rurais, a partir da safra 2012/2013, que a produção e a comercialização de tabaco estejam em conformidade com as normas ambientais vigentes, sob pena de rescindir os contratos vigentes;
• Não adquirir tabaco oriundo de áreas desflorestadas ilegalmente integrantes do Bioma Mata Atlântica, bem como tabaco processado em estufas mediante a utilização de lenha oriunda de mata nativa em desacordo com a legislação ambiental;
• Orientação aos produtores, por seus técnicos/instrutores agrícolas, sobre a importância da proteção da vegetação nativa do Bioma Mata Atlântica;
• Monitoramento por satélite de uma área de quase seis mil Km², com o objetivo de acompanhar a evolução dos sistemas de produção e a conservação dos remanescentes florestais em três das áreas de grande importância para a cultura do tabaco no Rio Grande do Sul;
• Distribuição de 200 mil cartilhas tratando do manejo sustentável das propriedades rurais e o respeito ao meio ambiente.

Acordo de Cooperação Técnica
Prevê estabelecer formas de apoio à recuperação de áreas degradadas na região de Segredo (RS) e à conservação de áreas do bioma Mata Atlântica por meio de parcerias com universidades.

SOBRE A MATA ATLÂNTICA

A Mata Atlântica compreende uma área de 1.315.460 km2 e perpassa 17 Estados brasileiros. A Região Sul, maior produtora de tabaco do país, possui um grande trecho do bioma que é um importante recurso natural e essencial para a sobrevivência direta de 120 milhões de pessoas. Seus remanescentes florestais regulam o fluxo dos mananciais hídricos, asseguram a fertilidade do solo, controlam o clima e protegem escarpas e encostas das serras.