Reconhecido mundialmente por sua obra literária, que já foi traduzida para diversas línguas, Mia Couto esteve na Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) na noite da última terça-feira, 13 de novembro, e provou por que é considerado um dos escritores mais importantes de Moçambique.
Em um auditório lotado, na maioria acadêmicos, docentes e pessoas vindas de outros municípios, ele abordou o tema O ato de narrar: entre a oralidade e a escrita. O reitor Vilmar Thomé agradeceu a vinda do palestrante e exaltou sua importância para a literatura. “O senhor, para nós, representa o maior escritor da atualidade”, salientou.
Felipe Nopes
Mia Couto entre os professores Eunice Piazza Gai e Felipe Gustsack
De uma forma simples e bem-humorada, Mia Couto contou fatos da sua infância e falou sobre a criação de histórias e a sua importância na vida das pessoas. “Se eu escrevo hoje é porque encontro a oralidade do meu tempo de menino, quando meus pais me contavam histórias antes de dormir”, revelou.
O palestrante, que também é biólogo, afirmou que a escola pouco contribuiu para que se tornasse escritor. “Para escrever, busco inspiração na vida. Ela é muito inspiradora, basta estar atento e saber escutar”, apontou. Mia Couto está escrevendo sobre a história de Moçambique, e que deverá ser o tema do seu próximo livro.
A palestra foi promovida pela Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-graduação da Unisc e encerrou a programação do 2º Ciclo de Palestras da universidade.