Grasiel Grasel
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Acontece nesta sexta e sábado, dias 8 e 9, o 21º Encontro de Murileiros, evento voltado aos ex-alunos da antiga Escola Estadual Murilo Braga de Carvalho, que estudaram nos cursos normal rural e fundamental. Lembrada por seu modelo de internato, a escola fundou amizades que duram até os dias de hoje e trazem “murileiros”, como são chamados os ex-alunos, de diversas partes do Brasil e até mesmo de outros países.
Os murileiros começaram a se reunir informalmente para preparar almoços e jantas, mas com o passar dos anos a turma foi aumentando, “tanto que agora a gente já passa de 100 pessoas na sexta-feira”, diz Nelí Borba, de 61 anos, empresária, que estudou na Murilo de 1971 a 1974 e hoje faz parte da comissão organizadora do encontro.
De acordo com Nelí, 120 pessoas são esperadas já na sexta-feira à noite, dia 8, quando será oferecido um jantar dançante aos murileiros. Já no sábado, dia 9, será realizada uma caminhada, que inicia com concentração na Praça Getúlio Vargas às 9h30, em frente à Catedral São João Batista, com saída às 10 horas, indo pela Marechal Floriano até o Centro Cultural 25 de Julho, onde acontecem as principais programações do encontro, como um almoço especial, uma homenagem aos ex-alunos formados há 50 anos e um sarau dançante no período da tarde. Ao longo de toda a programação são oferecidos brindes aos participantes.
O encontro deve receber, segundo Nelí, murileiros que voltam à Santa Cruz do Sul vindos de outras cidades gaúchas como Porto Alegre e Cachoeira do Sul, mas também de outros Estados como o Mato Grosso e até mesmo um deles dos Estados Unidos. A empresária conta que é a paixão pela escola o que trás ex-alunos de tão longe, “na época que a gente estudou nessa escola, ela foi uma casa para a gente, ou uma extensão da nossa casa. Ali a gente aprendeu tudo de melhor, coisas que a gente trouxe pra nossa vida”.
A Murilo abriu suas portas em 1952 como Escola Rural Murilo Braga de Carvalho e teve em 1974 sua última turma que formou professores rurais, do curso normal. Em 1971 houve a transição para o Ensino Fundamental, que se manteve como modelo de ensino até o fechamento da escola, que ocorreu em 2007, quando foi oficialmente extinta.
Hoje o espaço é ocupado pela Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (Uergs), no entanto, a prefeitura está em processo administrativo com o governo estadual para tentar recuperar o terreno. Segundo Nelí, os encontros são, principalmente, uma tentativa de manter a escola viva na memória dos santa-cruzenses. “Pra resumir, a gente tem um amor muito grande por essa escola ainda, por isso que todos os anos o pessoal vem prestigiar o encontro”, conta ela, sobre o sentimento que possuem pela Murilo, mas também adiciona: “só vai terminar quando o último murileiro for para o outro lado, mas até lá a gente vai continuar com os encontros todos os anos”.














