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O ano do tabaco passado a limpo

Ao encerrarmos o ano de 2019, percebemos que a união ao redor da cadeia produtiva do tabaco torna-se cada vez um compromisso de todos nós, elos deste sistema de produção que garante renda e desenvolvimento do campo à cidade. A Federação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias do Fumo e Afins (Fentifumo) passa o ano a limpo para projetar os desafios de 2020.
Seguimos a caminhada rumo à próxima safra, que ao que tudo indica será positiva, grandiosa e fundamental para mantermos e ampliarmos o volume de contratações. O tabaco hoje é um dos principais produtos exportados do Brasil, coloca o nosso país no protagonismo da produção mundial do produto. Nas linhas de produção somos 40 mil famílias que têm, na atividade do tabaco seu sustento com dignidade, contribuindo para a geração de riquezas desta cadeia produtiva.
Lógico que tivemos sobressaltos. Nosso setor é um dos mais perseguidos pelas campanhas contra o consumo de cigarro. Pelo contrabando que domina a venda ilegal de produtos sem origem ou de procedência incerta. E estes percalços refletem em nossa organização, na indústria legal.
A Fentifumo acompanha com preocupação o fechamento de postos de trabalho em empresas com filiais em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul. Reflexos declarados da carência na fiscalização do contrabando e dos impedimentos imputados ao mercado. No entanto, acompanhamos com esperança os atos do novo governo federal, que se mostra sensível a nossa causa. Por tudo isso, a união dos trabalhadores, por meio da Fentifumo e seus sete sindicatos filiados é ainda mais relevante. Somos fortes, somos grandes, somos necessários neste processo.
O ano de 2020 nos reserva grandes desafios. Pela frente mais uma Conferência das Partes – a COP 9, na Holanda, e toda incerteza que ela anuncia. A Fentifumo necessita estar presente à conferência, para mostrar ao mundo que este setor tão combatido, em nosso país é o responsável para mais de 40 mil famílias que tiram o seu sustento e dignidade.
Este setor que é tão importante para o desenvolvimento dos municípios será capaz de superar estas dificuldades, por meio do tripé: indústria, representantes dos produtores e representantes dos trabalhadores devem continuar em sintonia para superar estes desafios. Esta é a nossa visão, estes três agentes precisam seguir trabalhando em parceria.

* Gualter Baptista Júnior – Presidente da Federação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias do Tabaco e Afins (Fentifumo)