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Posto Criminalístico traz agilidade para Santa Cruz do Sul

O órgão não parou nem na pandemia, realizando os atendimentos de plantão ininterruptamente, 24 horas por dia, sete dias na semana

Luciana Mandler
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Foto: Luciana Mandler

Acidentes de trânsito, homicídio, suicídio, essas são algumas das situações que exigem o trabalho pericial. Até 2018, quando Santa Cruz do Sul não tinha um Posto Criminalístico (PC) do Instituto Geral de Perícia (IGP), a demora pela chegada dos profissionais trazia indignação. Porém, essa realidade mudou desde o dia 1ª de novembro de 2018, quando o PC começou as atividades.

De lá para cá, a demora de mais de duas horas até que peritos de Porto Alegre ou Santa Maria viessem, caiu para alguns minutos. “Antes do PC, Santa Cruz era atendida pelo Posto de Criminalística de Santa Maria, distante cerca de 150 quilômetros, o que demanda o aumento de, no mínimo, duas horas para o atendimento do local após o acionamento pela Polícia Civil”, explica o coordenador da unidade, Maiquel Luís Santos.

Com a unidade no Município, hoje, o deslocamento das equipes do IGP, tanto em Santa Cruz quanto em cidades vizinhas, ocorre logo. Santos reforça que pelo Código de Processo Penal, os peritos criminais são acionados pela autoridade policial (delegado de polícia) ou pela autoridade judiciária sempre que uma infração penal deixar vestígios. “Seja um homicídio, suicídio ou qualquer outro crime, as únicas condições que existem são a presença de vestígios e o acionamento pela autoridade competente”, explica.

No Posto Criminalístico de Santa Cruz são realizados os atendimentos de plantão e algumas outras perícias agendadas, como perícias mecânicas, exames de luminol, coletas de DNA e fragmentos de impressões digitais, exames de numeração de veículos, entre outras. “Via de regra, todo material coletado nos locais de crime é encaminhado para Porto Alegre para ser tratado e analisado nos laboratórios especializados do IGP (DNA, elementos de munição, digitais, entre outros)”, sublinha.

O Posto de Criminalística de Santa Cruz do Sul atende 69 municípios. O instituto, assim como os demais órgãos de Segurança Pública não parou durante a pandemia. Segundo o coordenador, os atendimentos de plantão continuaram ininterruptamente, 24 horas por dia, sete dias na semana. “Entretanto, algumas perícias agendadas vêm sofrendo atraso em função do cumprimento dos decretos do Governo do Estado, principalmente no que diz respeito à evitar aglomerações e deslocamentos desnecessários”, aponta.

Ainda conforme Maiquel Luís Santos, a maior demanda do IGP hoje é a de perícias de numeração de ‘chassis’ de veículos, que foi parcialmente impactada pelas restrições vigentes durante a pandemia.

Já as perícias que têm a maior carga de trabalho e por isso demandam mais tempo para análise são as realizadas em Porto Alegre, pelos setores de informática forense e balística forense. “As perícias realizadas em Santa Cruz, via de regra, são expedidas em menor tempo”, diz. O coordenador aponta também que perícias de local de crime, em média, em 10 dias estão com os laudos expedidos, entretanto, algumas análises podem demorar um pouco mais para serem atendidas ou para a expedição dos laudos.

A equipe do IGP de Santa Cruz é composta por oito peritos criminais, que trabalham em uma escada de plantões de 24 horas, ininterrupta.

Desde que existe PC em Santa Cruz, a demora de mais de duas horas até que peritos viessem, caiu para alguns minutos.

O IGP

EQUIPE

O IGP em Santa Cruz do Sul conta com oito peritos criminais das áreas de Engenharia (Elétrica, Mecânica, Civil e Química), Odontologia, Direito e Biologia. Além disso, há outros profissionais como fotógrafos Criminalísticos, técnicos em Perícias, auxiliares Administrativos e motoristas.

ESCALA

As equipes trabalham em escala de plantões de 24 horas, ininterrupta.

ABRANGÊNCIA

O Posto de Criminalística de Santa Cruz atende 69 municípios, abrangendo os Vales do Taquari e Rio Pardo, parte do Centro-Serra e parte da região Carbonífera.

MAIOR DEMANDA

A maior demanda do IGP hoje é a de perícias de numeração de ‘chassis’ de veículos, que foi parcialmente impactada pelas restrições vigentes durante a pandemia.