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Suspeito de ataques é preso pela polícia

LUANA CIECELSKI
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As mulheres de Santa Cruz do Sul estão alertas, e não sem um bom motivo. Aliás, é assim mesmo que devem estar. A Polícia Civil divulgou na última segunda-feira, 25 de janeiro, que alguns ataques com o objetivo de estuprar mulheres aconteceram entre a região central da cidade e o bairro Higienópolis. De acordo com a polícia, os relatos de três vítimas levaram a crer que o atacante é o mesmo indivíduo.  O suspeito foi preso nesta terça-feira e sua identidade não foi divulgada pela polícia por se tratar de uma prisão temporária. Segundo o delegado Miguel Mendes Ribeiro Neto, a investigação segue com o intuito de encontrar novas provas.

O caso teve início na madrugada da quinta-feira passada, dia 21 de janeiro, quando duas mulheres que estavam dentro de um carro, nas proximidades das casas noturnas existentes na rua Gaspar Silveira Martins, foram abordadas por um indivíduo. Munido com o que aparentava ser uma arma de fogo verdadeira, ele as ameaçou e, entrando dentro carro das jovens, as levou até uma localidade no bairro Dona Carlota.

O segundo caso aconteceu na madrugada de domingo, 24 de janeiro. Enquanto a mulher estacionava o carro, também nas proximidades das ruas Gaspar Silveira Martins, Galvão Costa e Capitão Pedro Werlang, foi rendida por um homem que estava armado com uma faca e também foi levada para uma localidade no bairro Dona Carlota. Posteriormente, durante seus relatos à polícia, todas as três mulheres descreveram o indivíduo como sendo um homem branco, jovem (com no máximo 30 anos), cabelos castanhos escuros e uma estatura mediana, por volta de 1,70 metro.

De acordo com o delegado Mendes Ribeiro, responsável pela investigação do caso, tudo leva a crer que é o mesmo indivíduo. “As descrições físicas são as mesmas, o local de abordagem é na mesma região, a forma de abordagem é muito semelhante e o local para onde as mulheres foram levadas também”, explicou ele.  

PREVENÇÃO É O MELHOR

“Queremos que as mulheres se previnam”, alertou Mendes Ribeiro. O delegado atenta para algumas dicas: “estamos orientando que mulheres não andem sozinhas nas ruas e se possível até em grandes grupos, porque como mostra o primeiro ataque, o fato de estarem entre duas não desmotivou o criminoso. Também orientamos que sempre que possível elas permaneçam acompanhadas de amigos homens, porque isso também pode dificultar um ataque”, comentou.  

Já no caso de uma abordagem acontecer, a dica é tentar uma negociação. “O melhor é evitar o ataque, mas se ele acontecer, o melhor caminho é usar de argumentação, sugerindo que o indivíduo leve bens materiais, mas a deixe no local, sempre evitando possíveis reações com a arma”, ensina o delegado. “Nesses casos é preferível uma perda material do que ser vítima de um crime sexual”, atenta.