Início Geral Imigrante: Ainda sem uma previsão de conserto, passeio central permanece interditado

Imigrante: Ainda sem uma previsão de conserto, passeio central permanece interditado

Trecho está interrompido desde o dia 14 deste mês após queda de parte de laje, mas determinação é ignorada todo dia

Cavaletes foram instalados ao longo da via para alertar sobre o risco de desabamento do piso
Fotos: Ana Souza

Luísa Ziemann – [email protected]

Quem passa pela Avenida do Imigrante, um dos pontos mais frequentados do centro de Santa Cruz do Sul, percebe que fitas e cavaletes instalados no passeio central avisam que a travessia de pedestres pelo local está interditada, desde o dia 14 deste mês. Isso se deve à ruptura de parte da laje de cobertura do canal que corta a via, ocorrida na madrugada do dia 10. O bloqueio, justifica a Prefeitura, visa a segurança dos passantes. Porém, diariamente há pessoas que ignoram a determinação e utilizam a calçada central.

Ainda sem saber a causa exata do ocorrido, a Defesa Civil de Santa Cruz, órgão que integra a Secretaria Municipal de Segurança e Mobilidade Urbana, estuda as chances do mesmo fato acontecer em outros pontos dessa calçada da Avenida do Imigrante e, por isso, optou pelo bloqueio total do local. Na semana passada, a sinalização de interdição teve que ser reforçada e quatro cavaletes foram instalados ao longo da via, para alertar sobre o risco de desabamento do piso, pois as fitas vêm sendo sistematicamente rompidas e pessoas continuam a circular pela área.

O coordenador da Defesa Civil, Anderson Teixeira, reitera que o motivo do rompimento ainda não foi detectado. “Ela simplesmente se rompeu e, por conta dessa ação natural, já que não havia nenhum peso em cima, temos a preocupação de que as outras lajes também apresentem esse mesmo risco de desabar”, salienta. “E nosso maior medo seria desabar com alguém em cima. Por isso interditamos toda a extensão da Avenida do Imigrante (no passeio central).”

Teixeira pondera que existem várias causas possíveis para o desabamento da laje. “Pode ser por conta da exposição a gases, pode ser por conta da corrosão de metais, pode ser por conta da fragilidade do concreto”, exemplifica. “Não conseguimos determinar o grau de segurança das outras peças do passeio e por isso a interdição total é a melhor saída para que não ocorra nenhum acidente”, justifica. O coordenador revela que a Defesa Civil realiza um estudo das demais áreas do passeio público para, somente depois disso, iniciar o conserto. “Estamos analisando se será necessário fazer a substituição do concreto ou reparo. Precisamos ver o que precisa ser feito.”

Até que todas as análises do órgão sejam concluídas, não será feita nenhuma reforma no local. “Primeiro iremos avaliar toda a extensão. Podemos até tapar o buraco que está lá, mas todo o trecho continuará interditado até que se determine o grau de segurança das peças. Quando conseguirmos finalizar a inspeção de toda a galeria, conseguiremos afirmar se os pedestres podem ou não circular”, enfatiza Teixeira.

Enquanto isso não acontece, nenhum prazo para que o passeio central da Avenida do Imigrante volte a ser ponto de encontro de pessoas e também utilizado para prática de exercícios físicos. “Quando o assunto é segurança, se algo é feito com muita pressa, o resultado pode ser falho. Então preferimos fazer aos poucos, devagar”, destaca Teixeira. “Além disso, o final de ano é um momento conturbado para todos. Parte da nossa equipe entra em recesso, então é um momento delicado e que exige mais cautela.”

MEDIDAS DE SEGURANÇA

A recomendação é para que o público continue sem acessar o passeio central da avenida e não descumpra as medidas e orientações de segurança. “O pavimento do meio da Imigrante está completamente interditado, mas nas laterais há calçadas boas, bem feitas, o que não impede o fluxo de pedestres por completo no local. Então, pedimos que a população utilize somente esses espaços, onde não há risco”, reitera o coordenador da Defesa Civil.

Como a Avenida do Imigrante é um ponto de encontro de muitas pessoas, sobretudo aos finais de semana, a Guarda Municipal vai estar periodicamente fiscalizando o local e orientando os visitantes. “Existem placas e fitas que sinalizam que é uma área de risco, mas, infelizmente, as pessoas insistem em romper as fitas. O município está fazendo a sua parte, de sinalizar e identificar, e pedimos a colaboração das pessoas para que não fiquem nessas áreas. Precisamos que tenham bom senso, respeitem a sinalização e não se exponham a riscos desnecessários”, reforça Teixeira. Equipes da Brigada Militar também tem comparecido ao local, a pé e em viaturas, e podem instruir o público nesse sentido.