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Casa das Artes: Regina Simonis de volta ao lar

Alyne Motta – [email protected]

Nos meses de janeiro e fevereiro, a Associação Pró-Cultura de Santa Cruz do Sul, mantenedora da Casa das Artes Regina Simonis (Marechal Floriano, 651, esquina Júlio de Castilhos), abre as suas portas para expor o trabalho da artista plástica Regina Simonis, que dá nome ao local.
O acervo “Ontem, hoje e sempre”, pode ser visitado até o dia 23 de fevereiro. A primeira mostra do ano é uma parceria com a Universidade de Santa Cruz do Sul, responsável pelos trabalhos de Regina, doados pelo empresário Geraldo Koehler, em outubro de 2002, por meio da Lei de Incentivo à Cultura.

Rolf Steinhaus

Pintura de flores era uma das paixões da artista plástica santa-cruzense

Quem for ao local vai encontrar 15 telas e 20 estudos em crayon, além de um exemplar original do Jornal Folha da Manhã que divulga a exposição dos alunos do Instituto de Belas Artes e o diploma deste curso. Os desenhos e pinturas são reflexos de uma paixão ousada para a época.
As visitas podem ser feitas de segunda a sexta-feira, das 9h30 às 11h30 e das 13h às 17h, e aos sábados das 9h30 às 13h30. Informações pelo fone (51) 3056 2086 ou pelo e-mail [email protected].

QUEM FOI?
Regina Simonis nasceu em 11 de junho de 1900, em Boa Vista, interior de Santa Cruz do Sul. Desde criança era fascinada pelas artes e, num período controlado pelo homem e guiado pela razão, marcou seu nome ao ir à busca do que mais desejava: as artes plásticas.

Rolf Steinhaus

Regina por Regina: autorretrato produzido em 25 de abril de 1933, está entre os trabalhos

Aos 27 anos, Regina Simonis alçou voo e ingressou no Instituto de Belas Artes do Rio Grande do Sul. Após seis anos de curso, em 1933, orientada pelas mãos do mestre europeu Francisco Pelichek, a artista santa-cruzense diplomou-se, e expôs suas obras no Theatro São Pedro.
Ainda na década de 30 retornou para Santa Cruz do Sul, onde passou a dividir seu tempo entre os cuidados com seus pais, idosos, e a sua paixão, a pintura onde, com o falecimento destes, no início da década de quarenta, começou a se dedicar integralmente a esta arte.

Rolf Steinhaus

Pintura feita de seus pais, a quem Regina dedicou-se a cuidar

Faleceu aos 96 anos, dedicando sua vida integralmente a um ideal artístico. O reconhecimento de seu trabalho ocorreu em 3 de outubro de 1995, um ano antes de sua morte, quando o prédio do antigo Banco Pelotense, recebeu a denominação de Casa das Artes Regina Simonis, imortalizando seu nome.