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Nos Bastidores – 15

 China Tabaco e Alliance One criam nova empresa

Esta coluna retorna das férias com uma promissora notícia, anunciada na última sexta-feira, dia 6: a China Tabaco Internacional do Brasil e a Alliance One Brasil Exportadora de Tabacos fecharam acordo definitivo para criação de uma joint venture, nas novas dependências da Alliance One em Venâncio Aires. A China Tabaco vai absorver contratos de 6 mil produtores gaúchos a partir da Safra 2011/12. 
 
 
Olhos esticados para o Brasil
“Há tempos vínhamos estudando o mercado brasileiro com a intenção de
iniciarmos a compra direta do produtor e a união de duas potências do setor do tabaco foi uma aliança estratégica para nos consolidar no mercado brasileiro, um dos mais importantes do mundo”, confessou o diretor Regional América do Sul da AOB, Alexandre Strohschoen.  A China detém o maior mercado de cigarros e o que mais cresce em participação no mundo. 
 
 
Preço do tabaco
Na terça, 17, acontece reunião entre as entidades representativas dos fumicultores e quatro fumageiras: Universal Leaf, Phillip Morris, Alliance One e JTI. A intenção é aproximar mais a proposta destas no preço para a presente safra com o percentual indicado de 9,9% de reajuste. O índice pedido é razoável e a taxa de câmbio 12% acima da do ano passado, podem favorecer os acordos, estima o secretário da Afubra e presidente da Câmara Setorial do Tabaco, Romeu Schneider. Na primeira rodada de negociações a empresa que mais se aproximou do índice pedido foi a Souza Cruz com 4,4%.
 
 
Prejuízos da seca
O governador em exercício, Beto Grill (PSB), assinou na manhã de ontem, 09, decreto de emergência coletiva do Rio Grande do Sul pela seca. A medida vale para os 107 municípios que até o fim de semana já estavam em situação de emergência. Outros 35 devem ainda entrar na lista. O secretário estadual de Desenvolvimento Rural, Ivar Pavan, disse que o Estado já acumula perdas de mais de R$ 2 bilhões devido à falta de chuvas. Segundo ele, a safra de feijão acumula perdas de 22%, a de soja de 15% e nas lavouras de milho ( na foto) as perdas chegam a 31%.
 
Foto: Rolf Steinhaus
 
Preocupação nas lavouras
Uma visão geral sobre as lavouras de tabaco gaúchas aponta para um prejuízo que beira os 30% em função da seca, diz a Afubra. Mas há produtores com até 60% de perdas em algumas localidades adiantes de Candelária, contrastando com outras onde as chuvas que caíram ainda que de rápida passagem, serviram para amenizar temporariamente o problema.
 
Milho & Feijão após a colheita do tabaco
O Programa Milho & Feijão Após a Colheita do Tabaco, terá em 2012, lançamento nesta quarta-feira, 11, às 10h, na propriedade do produtor Beno Alberto Haas, Km 83,5 da RS 287, Linha Hansel, em Venâncio Aires.  A iniciativa tem assinatura da Souza Cruz com parceria do Governo do Estado, através da Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Agronegócio e também da Farsul e Fetag. O secretário Luiz Fernando
Mainardi, o presidente da Fetag Elton Weber e da Farsul Carlos Rivaci
Sperotto, mais o diretor do Departamento de Fumo da Souza Cruz, Dimar
Frozza são esperados para o evento.
 

Concurso da Câmara
Até sexta-feira, mais de mil tinham se inscrito, porem eram pouco mais de 400 homologados com o pagamento da taxa bancária. No sábado houve mais inscrições, com direito a pagar a taxa ontem, segunda-feira. Com isso a totalização do número de inscritos para o concurso público da Câmara de Vereadores fica para a quarta-feira, quando o Banco do Brasil repassa ao órgão as homologações. A expectativa é de que a marca das mil inscrições seja superada. As vagas são para procurador legislativo, contador, motorista e agente de apoio administrativo. No dia 17 de janeiro, será divulgada a lista oficial das inscrições homologadas e nos dias 18 e 19, haverá prazo para recursos. A prova deve acontecer no domingo, dia 5 de fevereiro, ainda sem local definido.
 
 
Adesg
Os ex-colegas dos Ciclos de Estudos de Política e Estratégia promovidos pela Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra – Adesg, em Santa Cruz, nos anos de 2005 e 2006 se reúnem no dia 21 para um almoço campeiro. O encontro acontece em uma fazenda de Gramado Xavier, onde futuramente serão construídas as pequenas centrais elétricas do Rio Pardo.
 
Sinais de melhora
A produção industrial mensal voltou a crescer em novembro, interrompendo a sequência de três quedas dos meses anteriores. A produção de bens de consumo semi e não duráveis e de bens de capital liderou a alta. Projeções apontam para elevado crescimento em dezembro devido à forte expansão da produção de veículos no último mês de 2011. Em que pesem a melhora no curto prazo, a indústria brasileira segue mostrando performance relativamente fraca. O nível da produção anda abaixo do alcançado em julho de 2011, que por sua vez não mostrava crescimento significativo desde o primeiro trimestre de 2010. Entre as categorias de uso da indústria, o pior desempenho nos últimos meses vem sendo de bens de consumo duráveis, que enfrenta concorrência mais acirrada de importações, entendem os economistas.
 
 
O vai e vem da balança comercial
O saldo comercial brasileiro de dezembro foi de US$ 3,8 bilhões e ficou acima do esperado pelo mercado. Em 2011, o superávit atingiu US$ 29,8 bilhões, um aumento de 47,8% com relação ao ano passado. As exportações no ano somaram US$ 256,0 bilhões (+26,8%), e as importações US$226,2 bilhões (+24,5%). No inicio do ano as projeções coletadas pelo banco central no relatório Focus projetavam um superávit de apenas US$ 8,75 bilhões para este ano. A alta dos preços das commodities explica grande parte do saldo melhor do que o estimado inicialmente.
 
 
Desaceleração mundial impacta negativamente
Já em 2012 o saldo deve se reduzir pela metade (cerca de US$ 15 bilhões). A desaceleração da economia global tende a impactar negativamente a demanda por nossos produtos e os preços das commodities. Adicionalmente, o crescimento mais forte da demanda doméstica gera impulso às importações. Finalmente, o encarecimento das linhas de comércio exterior, resultado da crise financeira na Europa, também prejudica o desempenho das vendas externas. Notícias dão conta que o governo pretende avançar em sua estratégia comercial, concedendo financiamentos para exportações que atendam requisitos de conteúdo local e de investimento em Pesquisa e Desenvolvimento.