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Ser humilde com os superiores é obrigação, com os inferiores é nobreza

Há 22 anos no comando da CBF, Ricardo Teixeira, na hora de explicar seus deslizes, não mede palavras: “Em 2014, posso fazer a maldade que for. A mais elástica, mais impensável, mais maquiavélica. Não dar credencial, proibir acesso, mudar horário de jogo. E sabe o que vai acontecer? Nada. Sabe por quê? Porque eu saio em 2015. E aí, acabou.”.
“Eu sou mais do que penso ou menos do que posso?” Essa é uma pergunta que temos que nos fazer seguidamente, pois a pessoa humilde sabe que ninguém é melhor ou pior do que ninguém e procura se manter no nível dos outros.
Mas atenção! Humildade, ao contrário do que se pensa, não está relacionada à fraqueza ou à passividade, mas a posição e a condição exata que Deus determinou para nós. Essa é a mais elevada qualidade do homem; é a raiz de toda virtude. Por isso Thomas Eliot disse: “A única sabedoria que uma pessoa pode esperar adquirir é a sabedoria da humildade”.
Enfim, ser humilde é tão vital para a evolução do ser humano que o próprio Jesus alertou: “Quem a si mesmo se exaltar será humilhado; e quem a si mesmo se humilhar será exaltado”.
O diálogo abaixo ocorreu numa madrugada de 1997, próximo ao litoral da Galícia, entre um navio da Marinha dos EUA e as autoridades espanholas.
– Recomendamos que mudem seu curso 15 graus para Norte, no sentido de evitar uma colisão – solicitou o comandante americano.
– Negativo, desviem o seu curso 15 graus para Sul – retrucou o galego.
– Aqui é o capitão da Marinha americana e repito: mudem o seu curso – rebateu.
– Não! Mudem o seu curso – insistiu o oficial galiciano.
O bate-boca começou a rolar solto e o maioral americano berrou ao rádio:
– Aqui é o super-porta-aviões USS Abraham Lincoln, o segundo navio da frota norte-americana, e nos escoltam seis destroyers, quatro submarinos e embarcações de apoio. Portanto, não lhes sugiro, mas lhes ordeno que se retirem do nosso caminho, agora, ou seremos obrigados a tomar as medidas necessárias para garantir a segurança do nosso navio.
O oficial galego, humildemente, respondeu:
– E aqui somos duas pessoas e nos escoltam nosso cachorro, nossa comida, duas cervejas e um canário que agora está dormindo. E estamos em um farol, senhor. Câmbio e desligo!
Como se vê o comandante americano (assim como o da CBF) não conhece o adágio: “ser humilde com os superiores é obrigação, com os inferiores é nobreza”.