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Como serão os postos de saúde sustentáveis em Santa Cruz

Santa Cruz do Sul é pioneira na iniciativa em todo território brasileiro

Ricardo Gais
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Com intuito de reduzir o impacto no meio ambiente, os postos sustentáveis de Santa Cruz do Sul utilizarão práticas e tecnologias disponíveis, sintonizadas com o entorno construído, integrado à comunidade e à natureza. Pioneira na iniciativa, o Município terá os primeiros postos entregues à população no próximo ano.

As Estruturas de Saúde da Família (ESF) contarão com placas fotovoltaicas para aproveitamento da energia solar no abastecimento energético do posto; equipamentos de menor consumo de energia como luminárias de LED e ar-condicionados eficientes; janelas amplas para aproveitamento de luz e ventilação natural; sistema de reaproveitamento da água da chuva, com cisterna de armazenamento, onde as torneiras de jardim e as bacias sanitárias serão abastecidas com água da chuva, além das práticas de sustentabilidade, como o incentivo à diminuição do consumo de água engarrafada com a disponibilização de bebedouros, paisagismo com plantas resistentes às secas, instalação de bicicletários para incentivar uso de bicicleta pelos funcionários e pacientes; edificação próxima à rede de transporte público para facilitar o acesso à estrutura; criação de horta no pátio da ESF para incentivo à alimentação saudável e utilização de plantas medicinais; utilização de composteira para os resíduos orgânicos gerados, transformando-os em adubo para a horta; realização de coleta seletiva e a correta destinação dos demais resíduos produzidos no local.

ESF Pedreira deve ser entregue à comunidade entre
fevereiro e março de 2021. Foto: Rolf Steinhaus



Segundo a arquiteta e urbanista da Prefeitura, responsável pelos projetos dos postos, Karianne Pacheco, se optou por projetos sustentáveis por ser visível a crise no meio ambiente, que está sendo degradado cada vez mais, o que implica diretamente na saúde das pessoas. “Pensar em construções em que possamos apresentar formas sustentáveis de desenvolvimento, além de integrar as questões sociais e ambientais, é de extrema importância. A construção do Posto Sustentável é a promoção da saúde pública, uma edificação que vai amenizar os impactos ambientais, reduzindo o máximo possível os resíduos gerados e utilizando com eficiência os bens naturais que temos à disposição, como água e energia”, explica.

O primeiro posto sustentável de Santa Cruz, a ESF Pedreira, tem previsão de ser entregue à comunidade entre fevereiro e março de 2021. “Estamos com 55% da obra concluída e devido à paralisação que sofremos, em março e abril, em decorrência da pandemia, o prazo de entrega deste posto e do Figueira também foi afetado”, comenta a arquiteta.

Para a finalização da obra falta a parte de acabamentos, como revestimentos, instalação de portas janelas, pintura, passagem da fiação elétrica, instalação de equipamentos hidrossanitários e elétricos e a parte externa, o paisagismo, calçamento, execução da cisterna e a colocação das placas solares.

Outros dois postos que também estão em construção e com previsão de entrega para o primeiro semestre do ano que vem são da ESF Figueira e da ESF Glória, sendo que no Glória serão feitas a reforma e ampliação. Em licitação estão dois postos, a ESF Viver Bem, que ficará junto ao Residencial Viver Bem e a ESF Central, que ficará ao lado do Novo Cemai, com previsão de início das obras para fevereiro de 2021. O projeto da ESF Aliança está sendo finalizado e será entregue para processo licitatório.

Os serviços que os postos sustentáveis oferecerão à comunidade são para atenção básica à saúde, que é o primeiro nível de atendimento do SUS. Os locais também contarão com consultórios médicos, consultório odontológico, farmácia, aplicação de vacinas, procedimentos e curativos, sala de observação e inalação.

Os recursos para execução das obras são oriundos do Financiamento à Infraestrutura e Saneamento Ambiental (Finisa 1 e 2) do programa da Caixa Econômica Federal.

Custos dos Postos Sustentáveis

  • A ESF Pedreira, que está sendo executada pela empresa Artem Engenharia e Construções Ltda, de Lajeado, tem o custo de R$ 1.096.168,75.
  • A ESF Figueira, que está sendo executada pela empresa Invicta Construtora Ltda – ME, de Mato Leitão, tem o custo de R$ 892.487,34.
  • A ESF Glória, que está sendo executada pela empresa Ação Edificações Ltda, de Encantado, tem o custo de R$ 607.290,27.
  • Já as ESF Viver Bem e Central, que estão em processo licitatório, têm o valor orçado de R$ 1.014.787,90 e R$ 1.135.935,99 respectivamente. ESF Aliança não tem valor orçado ainda.