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Galo 100 Anos

26 de março de 1913. Data da fundação de um dos clubes mais tradicionais do interior do Estado, 35º clube mais antigo do Brasil, 11º na lista dos vovôs do Rio Grande do Sul. O Football Club Santa Cruz tem na sua essência o nascimento entre jovens, liderados por André Klarmann. Junto com ele os fundadores foram Oscar Becker, Alfredo Schirmer, Carlos Lund Filho, Jorge Eichenberg Filho, Ernesto Frantz, Arnaldo Lindermeyer, Reinaldo Binz, Elfredo Binz, Osvaldo Schütz e Sadi Schmidt, entre outros.
Este grupo de rapazes se reuniu no Hotel Schmidt para a fundação do clube de futebol. Ele prosperou com muitas dificuldades, mas foi galgando passos ao longo das décadas até se firmar como um dos clubes mais tradicionais do Estado.
Um dos primeiros times, em 1913, era integrado por Oscar Becker, Reinaldo Binz, Willy Scherer, André Klarmann, Gustavo Dreher, Fritz Niedersberg, Osvaldo Schütz, Edmundo Becker, Sadi Schmidt, Arnaldo Lindermeyer e Álvaro Lemos.
A estreia da equipe aconteceu no dia 3 de abril, no campo da várzea, onde hoje está localizado o Estádio Municipal, junto ao Parque da Oktoberfest. O adversário foi o Clube Concórdia, de Santa Cruz do Sul, mas os registros não apontam quem venceu a partida.
Em julho, o clube realizou seu primeiro confronto fora da cidade. O jogo aconteceu em Candelária, para tal, a delegação, a bordo de carroças, deslocou-se no sábado à tarde para a cidade vizinha, pernoitou num hotel e, no outro dia, deu-se a partida, com vitória do Santa Cruz. À noite, os jogadores ainda prestigiaram o baile, e o retorno aconteceu apenas no dia seguinte.

Final em Porto Alegre
 
Os anos posteriores foram de jogos com equipes amadoras. Os arquivos não dizem quando o Santa Cruz começou a dedicar-se ao profissionalismo. Apesar disto, sabe-se que entre as décadas de 20 e 30 o time já disputava os campeonatos estaduais, em eliminatórias. Nos anos de 32 e 33, ficou vice-campeão do interior, perdendo uma final para o Pelotas, por 5 a 2, no antigo estágio do Grêmio, em Porto Alegre.
 
Centro de Treinamento
 
Outra conquista, essa mais recente, diz respeito à aquisição de uma grande área em Rio Pardinho para preparação da equipe Carijó. O Centro de Treinamento do Galo é utilizado frequentemente pelos atletas do time principal e também das categorias de base. 
 
Rolf Steinhaus

Galo completa 100 anos de existência nesta terça-feira


Rolf Steinhaus

Secretaria do Futebol Clube Santa Cruz do Sul




Rolf Steinhaus

Centro de treinamento do Futebol Clube Santa Cruz localizado em Rio Pardinho

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Santa Cruz e Avenida transformam parceria em disputa acirrada dentro e fora de campo
 
Pelas bandas do Galo não se sabe ao certo quando ocorreu a profissionalização, mas entre as décadas de 20 e 30 o time disputava jogos contra equipes da região e do Estado, já como etapas iniciais e regionais do Campeonato Gaúcho. Na década de 40, com a fundação do EC Avenida, iniciou a rivalidade Ave-Cruz. A supremacia nos clássicos fez o clube ser conhecido o “tubarão de campeonatos” na década de 40 e 50.
Na década de 60, o clube começou a disputar os certames organizados pela Federação Gaúcha de Futebol, que envolviam equipes regionais. Entre 1974 e 78, os dois times da cidade – o Santa Cruz e o Avenida – seguiram a tendência dos demais no Estado e reuniram-se para uma fusão. A disputa das competições deu-se em um turno único, denominado Associação Santa-Cruzense de Futebol. A união surtiu bons frutos. Sob o comando de Daltro Menezes, o time ficou entre os quatro melhores do Estado. A gota d’água para que a fusão acabasse foi a briga entre dirigentes dos antigos clubes, Avenida e Santa Cruz. Além do mais, sempre era divulgado o nome do Santa Cruz em vez da Associação Santa Cruz, e os dirigentes do Avenida resolveram se afastar.
Após esta experiência, o clube teve que se reformular e na virada da década passou a disputar a Segundona. Entre os anos de 82 e 83, o elenco foi encorpado, até conseguir a vaga na 1ª Divisão em 1983. Os anos seguintes foram de boa campanha dentro do Gauchão e vários jogadores despontaram. Em 1988, o Galo acabou sendo o quarto colocado no Campeonato Gaúcho, o que acabou levando o clube a uma vaga no Campeonato Brasileiro – Módulo Azul.
 
Divulgação

Em 1983 o Santa Cruz teve o seu melhor momento na história do clube até então: a ascensão à Primeirona do Gauchão



 
 
 
 
 
 
 
Momento difícil
 
Na década de 90, com a instabilidade financeira, o clube acabou sofrendo muito com seu departamento de futebol e, depois de uma crise política e financeira, em 95 foi rebaixado para a Segunda Divisão. Mas o time conseguiu retornar aos grupo de elite em 97. A partir de 99, o Santa Cruz procurou se modernizar. Contratou jogadores de renome internacional e passou outra vez a realizar boas campanhas. No início daquele ano inaugurou um Posto de Gasolina junto aos Plátanos e agora tem planos de remodelação do estádio. Também nesta época deixou escapar o título do interior dentro de casa. Nos últimos anos o clube vem buscando se fortalecer e se modernizar, adequando-se às exigências da torcida. 
 
Título
 
Em 2013, ano em que completa 100 anos, o Futebol Clube Santa Cruz levanta a taça da Copa Centenário. A competição realizada em função dos 100 anos do clube colocou frente a frente o Galo e o seu rival imediato, o Avenida. Na primeira partida o Galo acabou sendo batido por 2 x 1, Já no jogo de volta, dentro do estádio dos Plátanos, a equipe comandada por Tonho Gil devolveu os 2 x 1 e nos pênaltis garantiu a conquista da taça. 
 
 
 
 

Divulgação

Santa Cruz conquista dentro de casa a Copa Centenário frente ao Avenida
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

Hoje em dia eles dão show fora do gramado. Descubra quem são estes dois ídolos da torcida Carijó
 
Diego Dettenborn
 
Luiz Roberto Pelz Fagundes. Pelo nome poucos irão conhecer, talvez os familiares e olhe lá. Betinho, como é conhecido em Santa Cruz do Sul, é uma grande figura do esporte local. Jogador profissional, técnico e coordenador das categorias de base, o ex-atacante agora é o responsável pela preparação dos goleiros do time Carijó. Nascido no dia 3 do terceiro mês do ano 1959, o santa-cruzense desde 79 faz parte do clube. “É o meu meio de vida o meu ganha pão. Mais de 30 anos trabalhando nesta empresa é muito gratificante. Comecei em 79 a defender as cores do Galo, em 1983 fiz parte do grupo que ajudou o Galo a subir para a primeira divisão, foram momentos inesquecíveis”, ressaltou Betinho.
 
 


Diego Dettenborn

Torcida do Galo confeccionou faixa para homenagear ex-craques
 
 
 
 
 
 
Dentro de campo, como atleta, ele costumava surpreender os adversários com jogadas rápidas e boa movimentação pelas laterais do ataque. Hoje com 54 anos, Beto ainda corre dentro das quatro linhas, disputando a liga estadual máster. Apesar de estar trabalhando fora das quatro linhas, Beto afirma sentir vontade de ajudar como jogador e, sorrindo, afirma: “Eu ainda acho que tenho bastante tempo para trabalhar, e não vou perder essa vontade de querer mais e principalmente vencer. Graças a Deus ainda dou aquela batidinha legal, mas no meio-campo. Antes jogava com velocidade, agora é mais devagar, mais técnico para dar uma equilibrada nas coisas.”
 
Diego Dettenborn


Betinho se tornou ídolo da torcida Carijó dentro de campo. Hoje atua como preparador de goleiros

 
 
 
 
 
 
Um atacante referência em simpatia
 
É impossível não ter ouvido falar neste cara. Luiz Carlos Marques, ou simplesmente Palito, já faz parte da estrutura do Futebol Clube Santa Cruz. Desde os 16 anos no clube, o agora supervisor de futebol já fez de tudo um pouco dentro do Galo. Embora hoje em dia seja referência fora das quatro linhas, foi dentro de campo que Palito se tornou ídolo da torcida Carijó. “O Santa Cruz praticamente é a minha vida. Tenho minha história dentro deste clube. Minha satisfação, alegria é fora de série de conseguir passar todo este tempo defendendo as cores do Santa Cruz. Estou batalhando para que a gente consiga se manter na primeira divisão, posso afirmar que tudo está sendo feito”, destacou o ex-craque.
Em 1966, Palito fez sua estreia como jogador no Galo. Entre idas e vindas, em 1983 ele novamente vestia a camisa do clube, em um dos momentos mais gloriosos da história do Galo Carijó. “O Santa Cruz me passou um aprendizado incrível, as amizades que conquistei aqui. Me sinto bem e pretendo ficar aqui por muito tempo ainda. O futebol não é fácil, precisa ter um bom temperamento, saber a hora de explodir e se conter. Sou muito feliz no Futebol Clube Santa Cruz”, conclui o ex-atacante Palito.
 
 
 
 


Diego Dettenborn

Palito ingressou no Galo em 1966 e até hoje é funcionário do clube